Após doações, ISD retoma produção de máscaras contra a Covid-19

Publicado em 7 de maio de 2020
Produção de máscaras-escudo para doação a hospitais é tocada por alunos e pesquisadores do mestrado em neuroengenharia. Na imagem, parte da equipe trabalha no laboratório de Interface Homem-Máquina do IIN-ELS

O Instituto Santos Dumont (ISD), Organização Social vinculada ao Ministério da Educação, reiniciou na quarta-feira (06) a produção de ‘máscaras-escudo’ para doação a hospitais com pacientes infectados pelo novo coronavírus no Rio Grande do Norte.

A linha de produção foi montada no final de março por professores e alunos do mestrado em neuroengenharia do centro de pesquisas do Instituto – o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra, sediado em Macaíba – e havia parado na semana passada por falta de matéria-prima. A nova largada foi dada após doações.

“Estávamos sem disponibilidade de acetato, material usado na parte frontal dos equipamentos”, disse o coordenador de pesquisas do Instituto, Edgard Morya, em reportagem publicada nesta quinta-feira (07) nas edições impressa e digital do jornal Tribuna do Norte.

Doações
Duzentas folhas de acetato, segundo Moya, foram doadas pela empresa de produtos ortopédicos e médico-hospitalares Ortorio, possibilitando a produção de 200 novas máscaras desde ontem. Uma outra doação de 100 folhas de acetato e de 20Kg de filamentos para impressão 3D (que seriam como o cartucho das impressoras) também é esperada da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) para mais 600 máscaras.

Os materiais deverão impulsionar a produção, que em pouco mais de um mês alcançou o total de 1.180 equipamentos. O ritmo atual de produção é de aproximadamente 100 peças /dia.

Os produtos chegaram até agora a 49 hospitais, serviços de urgência e emergência e maternidades do RN, distribuídos entre 17 municípios. 

Tecnologias
A reportagem também revela que o Instituto submeteu projeto ao Ministério da Ciência e Tecnologia em busca de recursos para ampliar a produção de máscaras-escudo e tirar do papel, ainda, novos dispositivos necessários ao enfrentamento da doença.
Um dos projetos é a criação de uma espécie de cilindro de proteção para uso na cabeça de pacientes internados com a Covid-19.

O produto, feito de acetato, foi desenvolvido por alunos do mestrado e seria uma opção mais barata e fácil de usar do que caixas de acrílico que hospitais brasileiros começaram a adotar nos atendimentos.

Assim como as caixas, os cilindros seriam posicionados em volta da cabeça dos pacientes para reduzir os riscos de contaminação do ambiente e aumentar o nível de proteção dos profissionais. Segundo Morya, o formato cilíndrico, no entanto, facilitaria o uso e a higienização. O custo estimado por peça também seria cerca de 10 vezes menor. 

 “No nosso projeto calculamos um custo em torno de R$ 50 por peça”, diz o pesquisador. “Os que são atualmente usados chegam a R$ 400 ou R$ 500 por peça”. 

Paralelamente, alunos e pesquisadores também estão desenvolvendo respiradores mecânicos, essenciais a pacientes com falta de ar aguda, e esperam a chegada de sensores necessários à realização dos primeiros testes em laboratório. Os sensores, em falta no Brasil, virão da China.

“Os alunos fizeram um pedido para a realização dos testes. Uma vez que o sistema funcione o conhecimento será disponibilizado ao mercado”, acrescentou o pesquisador.

SERVIÇO
O ISD recebe doações de acetato, filamentos de impressora 3D ou em dinheiro, para compra de matéria-prima. Mais informações estão disponíveis no site: https://www.institutosantosdumont.org.br/covid-19/

Texto:  Renata Moura / Ascom – ISD, com informações da Tribuna do Norte.

Foto – Mulher lê reportagem sobre o ISD no jornal Tribuna do Norte: Renata Moura / Ascom – ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

Organização Social que mantém vínculo com o Ministério da Educação (MEC) e cuja missão é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão e contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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O Instituto Santos Dumont (ISD), Organização Social vinculada ao Ministério da Educação, reiniciou na quarta-feira (06) a produção de ‘máscaras-escudo’ para doação a hospitais com pacientes infectados pelo novo coronavírus no Rio Grande do Norte.

A linha de produção foi montada no final de março por professores e alunos do mestrado em neuroengenharia do centro de pesquisas do Instituto – o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra, sediado em Macaíba – e havia parado na semana passada por falta de matéria-prima. A nova largada foi dada após doações.

“Estávamos sem disponibilidade de acetato, material usado na parte frontal dos equipamentos”, disse o coordenador de pesquisas do Instituto, Edgard Morya, em reportagem publicada nesta quinta-feira (07) nas edições impressa e digital do jornal Tribuna do Norte.

Doações
Duzentas folhas de acetato, segundo Moya, foram doadas pela empresa de produtos ortopédicos e médico-hospitalares Ortorio, possibilitando a produção de 200 novas máscaras desde ontem. Uma outra doação de 100 folhas de acetato e de 20Kg de filamentos para impressão 3D (que seriam como o cartucho das impressoras) também é esperada da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) para mais 600 máscaras.

Os materiais deverão impulsionar a produção, que em pouco mais de um mês alcançou o total de 1.180 equipamentos. O ritmo atual de produção é de aproximadamente 100 peças /dia.

Os produtos chegaram até agora a 49 hospitais, serviços de urgência e emergência e maternidades do RN, distribuídos entre 17 municípios. 

Tecnologias
A reportagem também revela que o Instituto submeteu projeto ao Ministério da Ciência e Tecnologia em busca de recursos para ampliar a produção de máscaras-escudo e tirar do papel, ainda, novos dispositivos necessários ao enfrentamento da doença.
Um dos projetos é a criação de uma espécie de cilindro de proteção para uso na cabeça de pacientes internados com a Covid-19.

O produto, feito de acetato, foi desenvolvido por alunos do mestrado e seria uma opção mais barata e fácil de usar do que caixas de acrílico que hospitais brasileiros começaram a adotar nos atendimentos.

Assim como as caixas, os cilindros seriam posicionados em volta da cabeça dos pacientes para reduzir os riscos de contaminação do ambiente e aumentar o nível de proteção dos profissionais. Segundo Morya, o formato cilíndrico, no entanto, facilitaria o uso e a higienização. O custo estimado por peça também seria cerca de 10 vezes menor. 

 “No nosso projeto calculamos um custo em torno de R$ 50 por peça”, diz o pesquisador. “Os que são atualmente usados chegam a R$ 400 ou R$ 500 por peça”. 

Paralelamente, alunos e pesquisadores também estão desenvolvendo respiradores mecânicos, essenciais a pacientes com falta de ar aguda, e esperam a chegada de sensores necessários à realização dos primeiros testes em laboratório. Os sensores, em falta no Brasil, virão da China.

“Os alunos fizeram um pedido para a realização dos testes. Uma vez que o sistema funcione o conhecimento será disponibilizado ao mercado”, acrescentou o pesquisador.

SERVIÇO
O ISD recebe doações de acetato, filamentos de impressora 3D ou em dinheiro, para compra de matéria-prima. Mais informações estão disponíveis no site: https://www.institutosantosdumont.org.br/covid-19/

Texto:  Renata Moura / Ascom – ISD, com informações da Tribuna do Norte.

Foto – Mulher lê reportagem sobre o ISD no jornal Tribuna do Norte: Renata Moura / Ascom – ISD

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