Como acolher uma pessoa culturalmente diferente de você no cuidado em saúde? Os alunos da Residência Multiprofissional no Cuidado à Saúde da Pessoa com Deficiência iniciaram nesta quinta-feira (19/08) as aulas da disciplina Competência Cultural, que pretende discutir o acolhimento na área da saúde à diversidade que pode ser encontrada no atendimento à população.
A competência cultural, segundo a preceptora médica Carolina Damásio, que ministra a disciplina, é o reconhecimento das características culturais dos grupos sociais e de suas diferentes necessidades no processo de cuidado. “É tudo que um profissional precisa para atender alguém culturalmente diferente dele, principalmente no cuidado à pessoa com deficiência. Entra aí a empatia, a sensibilidade e o entendimento de que cada pessoa tem sua história, sua cultura, sua religião e que as coisas que o paciente acredita não são iguais ao que nós acreditamos”, explica.
A disciplina é ministrada por Carolina e também pela fisioterapeuta e coordenadora da Residência, Lorenna Santiago e pretende desenvolver nos residentes as habilidades necessárias para garantir o cuidado adequado e culturalmente sensível seja voltado para pessoas com deficiência, para pessoas de diferentes idades, gêneros, orientações sexuais, etnias e regiões.
“Um caso que a gente comenta sempre nessa disciplina é quando o profissional se dirige apenas ao cuidador na hora da consulta, quando se trata de uma pessoa com deficiência, por exemplo, se tratando de um adulto não se deve ignorar a presença dele ali e sim, se dirigir a ele, fazer perguntas e explicar os tratamentos e procedimentos corretamente”, disse Carolina Damásio.
Arte e deficiência
A aula que marcou o início da disciplina neste semestre contou com a participação do diretor artístico do Gira Dança, Alexandre Américo, que abordou a noção cultural do corpo e a relação entre arte e deficiência. A companhia potiguar de dança contemporânea, formada por pessoas com e sem deficiência, busca desconstruir os padrões de normatividade no campo artístico.
Para Alexandre, arte e deficiência podem e devem se relacionar. “A gente pensa em desconstruir que quando se fala em um dançarino, as pessoas pensem em alguém com um corpo padrão. Nossa companhia é formada com pessoas com e sem deficiência, trabalhamos a não normatividade, tem pessoas com deficiência visual, física, síndrome de down, pessoas brancas, negras, gordas, magras e isso nos faz compreender as individualidades de cada um, assim também deve ser na prática da saúde, conta.
Texto: Kamila Tuenia / Ascom – ISD
Foto: Kamila Tuenia / Ascom – ISD
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