Dia da Saúde e Nutrição: veja dicas de profissionais da saúde para uma gravidez saudável

Publicado em 31 de março de 2023

A manutenção de hábitos alimentares saudáveis durante e após a gestação é fundamental para o bem estar da mãe e o desenvolvimento adequado do bebê. Práticas que vão desde a escolha dos alimentos até a organização dos horários das refeições fazem parte de recomendações que devem ser aplicadas à rotina da gestante, em conjunto com a família e profissionais da saúde. As preceptoras Larissa Rodrigues, ginecologista obstetra, e Nayara Soares, nutricionista, do Instituto Santos Dumont (ISD), reforçam a importância da alimentação saudável na gestação para o desenvolvimento do feto e para a saúde e bem estar da mulher.

 

A preceptora ginecologista obstetra Larissa Rodrigues ressalta que os bons hábitos nutricionais também servem para evitar problemas de saúde como a diabetes e a pressão alta. De acordo com a profissional, um dos meios de incorporar essa prevenção na rotina é priorizar alimentos in natura e evitar os muito processados. “Uma alimentação contendo nutrientes fundamentais como ferro, ácido fólico, vitamina D e A, cálcio e uma boa ingestão de fibras e água diminui a chance de sobrepeso e obesidade no pós-parto e favorece uma primeira infância mais saudável para as crianças”, informa Larissa.

 

Segundo a preceptora nutricionista Nayara Soares, uma boa alimentação precisa ser composta por todos os grupos alimentares: carboidratos, como macaxeira, batata doce, inhame; proteínas, encontradas nas carnes, frangos e peixe, ou em fontes vegetais como nas leguminosas, como feijão, grão de bico, lentilha, ervilha; e as verduras e vegetais, como brócolis, couve, cenoura, escolhidos com variação. Além disso, incluir na dieta frutas que fornecem antioxidantes que auxiliam nas defesas da mãe e do bebê, como laranja, acerola, uva e ameixa.

 

Conforme a gestação avança, as demandas nutricionais aumentam e características ou sintomas específicos relacionados à alimentação tendem a surgir. A preceptora nutricionista Nayara Soares compartilha dicas de como incorporar hábitos saudáveis no dia a dia, contemplando essas mudanças durante a gestação e a fase do puerpério.

 

Confira dicas para uma alimentação saudável e preventiva durante e após a gestação:

 

Combatendo o enjoo

O enjoo é bastante comum, principalmente durante o início da gestação. Para aliviar o sintoma, é indicado não consumir líquidos durante a refeição, prática que pode aumentar o retorno da comida e provocar vômitos. Pela manhã, o ideal é dar preferência a alimentos sólidos e secos.

 

Ao preparar os alimentos, a indicação é utilizar temperos naturais e suaves como cebolinha, manjericão e orégano, e evitar temperos picantes. Frutas cítricas (laranja e limão) podem reduzir os enjoos, assim como mastigar um pedaço pequeno de gengibre;

 

A nutricionista também afirma que o ideal é que a gestante não se deite ou durma logo após a refeição, já que isso também pode provocar o retorno da comida. O indicado é aguardar por volta de uma hora depois de comer. Outra dica é diminuir o volume das refeições.

 

Cortando o efeito da azia

 

A azia, sensação de queimação que pode provocar dor ou incômodo, é bastante comum durante o segundo e terceiro trimestre da gestação, devido ao crescimento do volume da barriga. Para diminuir esse desconforto, a orientação é evitar café, refrigerantes e bebidas gaseificadas ou com alta acidez.

 

Também são indicações ter horários fixos para alimentar-se, de três em três horas. Além disso, a nutricionista recomenda reduzir o volume das refeições e evitar alimentos gordurosos ou fritos perto da hora de dormir. Essas práticas facilitam a digestão e permitem que a gestante durma mais confortavelmente.

 

Evitando a constipação

Outro sintoma que costuma surgir durante os últimos estágios da gestação é a constipação, caracterizada pela dificuldade ou ausência de evacuação por longos períodos. As principais orientações são aumentar o consumo de líquidos – entre as refeições, não durante – e de fibras.

 

É recomendável comer alimentos integrais ricos em fibras (pão e arroz integrais, granola, linhaça); folhas verdes (alface e couve); frutas (como mamão, laranja com o bagaço, ameixa preta, maçã com casca, abacate, tamarindo) e legumes (como cenoura e beterraba crua), por exemplo.

 

Cuidados no puerpério e amamentação

No pós parto, é necessário manter uma alimentação saudável. Segundo a preceptora nutricionista Nayara Soares, existe uma demanda nutricional ainda maior na fase de amamentação. Para a profissional, as principais respostas para essa demanda são o planejamento alimentar e a construção de uma rede de apoio.

 

“No pós parto, muitas vezes a mãe acaba se esquecendo ou não tendo tempo de se alimentar, devido à rotina de sono e cuidados com o bebê. Geralmente a mãe não tem tempo pra ela, então se no momento que tiver livre para descansar, tiver que cozinhar, vai optar por comer algo mais rápido ou mais prático, e vai comer de forma errada”, explica Nayara.

 

Por isso, a profissional pontua a importância de ter refeições prontas ou de fácil acesso, que possam ser complementadas ou requentadas em tempo hábil. Esse planejamento alimentar pode ser proporcionado pelo suporte de uma rede de apoio da mãe e do bebê: a família, os vizinhos, os amigos ou pessoas do convívio próximo.

Texto: Naomi Lamarck / Ascom – ISD

Foto: Canindé Soares / ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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A preceptora ginecologista obstetra Larissa Rodrigues ressalta que os bons hábitos nutricionais também servem para evitar problemas de saúde como a diabetes e a pressão alta. De acordo com a profissional, um dos meios de incorporar essa prevenção na rotina é priorizar alimentos in natura e evitar os muito processados. “Uma alimentação contendo nutrientes fundamentais como ferro, ácido fólico, vitamina D e A, cálcio e uma boa ingestão de fibras e água diminui a chance de sobrepeso e obesidade no pós-parto e favorece uma primeira infância mais saudável para as crianças”, informa Larissa.

 

Segundo a preceptora nutricionista Nayara Soares, uma boa alimentação precisa ser composta por todos os grupos alimentares: carboidratos, como macaxeira, batata doce, inhame; proteínas, encontradas nas carnes, frangos e peixe, ou em fontes vegetais como nas leguminosas, como feijão, grão de bico, lentilha, ervilha; e as verduras e vegetais, como brócolis, couve, cenoura, escolhidos com variação. Além disso, incluir na dieta frutas que fornecem antioxidantes que auxiliam nas defesas da mãe e do bebê, como laranja, acerola, uva e ameixa.

 

Conforme a gestação avança, as demandas nutricionais aumentam e características ou sintomas específicos relacionados à alimentação tendem a surgir. A preceptora nutricionista Nayara Soares compartilha dicas de como incorporar hábitos saudáveis no dia a dia, contemplando essas mudanças durante a gestação e a fase do puerpério.

 

Confira dicas para uma alimentação saudável e preventiva durante e após a gestação:

 

Combatendo o enjoo

O enjoo é bastante comum, principalmente durante o início da gestação. Para aliviar o sintoma, é indicado não consumir líquidos durante a refeição, prática que pode aumentar o retorno da comida e provocar vômitos. Pela manhã, o ideal é dar preferência a alimentos sólidos e secos.

 

Ao preparar os alimentos, a indicação é utilizar temperos naturais e suaves como cebolinha, manjericão e orégano, e evitar temperos picantes. Frutas cítricas (laranja e limão) podem reduzir os enjoos, assim como mastigar um pedaço pequeno de gengibre;

 

A nutricionista também afirma que o ideal é que a gestante não se deite ou durma logo após a refeição, já que isso também pode provocar o retorno da comida. O indicado é aguardar por volta de uma hora depois de comer. Outra dica é diminuir o volume das refeições.

 

Cortando o efeito da azia

 

A azia, sensação de queimação que pode provocar dor ou incômodo, é bastante comum durante o segundo e terceiro trimestre da gestação, devido ao crescimento do volume da barriga. Para diminuir esse desconforto, a orientação é evitar café, refrigerantes e bebidas gaseificadas ou com alta acidez.

 

Também são indicações ter horários fixos para alimentar-se, de três em três horas. Além disso, a nutricionista recomenda reduzir o volume das refeições e evitar alimentos gordurosos ou fritos perto da hora de dormir. Essas práticas facilitam a digestão e permitem que a gestante durma mais confortavelmente.

 

Evitando a constipação

Outro sintoma que costuma surgir durante os últimos estágios da gestação é a constipação, caracterizada pela dificuldade ou ausência de evacuação por longos períodos. As principais orientações são aumentar o consumo de líquidos – entre as refeições, não durante – e de fibras.

 

É recomendável comer alimentos integrais ricos em fibras (pão e arroz integrais, granola, linhaça); folhas verdes (alface e couve); frutas (como mamão, laranja com o bagaço, ameixa preta, maçã com casca, abacate, tamarindo) e legumes (como cenoura e beterraba crua), por exemplo.

 

Cuidados no puerpério e amamentação

No pós parto, é necessário manter uma alimentação saudável. Segundo a preceptora nutricionista Nayara Soares, existe uma demanda nutricional ainda maior na fase de amamentação. Para a profissional, as principais respostas para essa demanda são o planejamento alimentar e a construção de uma rede de apoio.

 

“No pós parto, muitas vezes a mãe acaba se esquecendo ou não tendo tempo de se alimentar, devido à rotina de sono e cuidados com o bebê. Geralmente a mãe não tem tempo pra ela, então se no momento que tiver livre para descansar, tiver que cozinhar, vai optar por comer algo mais rápido ou mais prático, e vai comer de forma errada”, explica Nayara.

 

Por isso, a profissional pontua a importância de ter refeições prontas ou de fácil acesso, que possam ser complementadas ou requentadas em tempo hábil. Esse planejamento alimentar pode ser proporcionado pelo suporte de uma rede de apoio da mãe e do bebê: a família, os vizinhos, os amigos ou pessoas do convívio próximo.

Texto: Naomi Lamarck / Ascom – ISD

Foto: Canindé Soares / ISD

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Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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