Dois projetos de pesquisadores do ISD são selecionados para aceleração no Programa Startup Nordeste

Publicado em 10 de outubro de 2022

Dois projetos desenvolvidos por pesquisadores do Instituto Santos Dumont (ISD) foram selecionados na fase final do Programa Startup Nordeste, promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Com isso, os projetos que deram origem às empresas BrainExos e Stimully vão receber R$ 78 mil para investir nas ideias apresentadas, a fim de permitir que elas cheguem ao mercado. 

 

Os pesquisadores do ISD que integram as equipes selecionadas são Rommel Araújo e Mouhamed Zorkot, mestres em Neuroengenharia, e Fabrício Brasil, professor pesquisador na instituição. O Startup Nordeste teve seu primeiro resultado anunciado em junho, quando 200 projetos foram selecionados para integrar as mentorias e atividades do programa. Após várias fases que aconteceram ao longo dos últimos meses, restaram 26 projetos, que foram escolhidos pelos avaliadores para receber financiamento ao longo dos próximos seis meses.

 

O objetivo do Programa é fomentar o ecossistema de inovação e as startups sediadas na região Nordeste, contribuindo para a inserção de pequenos negócios inovadores no mercado global de inovação e tecnologia.

 

O professor pesquisador Fabrício Brasil destaca a importância de inserir no mercado projetos de negócios que tenham como base a ciência e a pesquisa.” As pesquisas científicas precisam sair dos muros do laboratório e gerar emprego e renda para nosso país. Precisamos dissociar a ideia enraizada de que uma pós-graduação está relacionada apenas à elaboração de trabalhos científicos”, afirma. 

 

De acordo com Brasil, o movimento de estimular a criação de empresas e startups a partir de projetos de pesquisa desenvolvidos pelos estudantes teve início há alguns anos no ISD, e tem apresentado bons resultados, com a aprovação de empresas em programas de aceleração nacional, como o Startup Nordeste e o Centelha, e programas internacionais, como o Global Grad Show.

 

BrainExos e Stimully 

Ambas empresas aprovadas para financiamento pelo programa Startup Nordeste, BrainExos e Stimully, possuem como base conceitos das neurociências unidos à questões de saúde enfrentadas pela população. 

 

A BrainExos, explica Rommel Araújo, é uma startup de tecnologia e saúde de base científica, que busca superar as barreiras que existem hoje para a reabilitação motora. A empresa possui duas soluções: o G-Exos e o HERO, exoesqueletos vestíveis para auxiliar na reabilitação de pessoas que tiveram Acidente Vascular Encefálico (AVE ou, popularmente, “AVC”). “A missão da BrainExos é fazer com que esses pacientes tenham mais autonomia e qualidade de vida, promovendo uma reabilitação motora mais eficaz, por meio de estímulo a mecanismos de neuroplasticidade”, diz Rommel.

 

O HERO foi desenvolvido por Rommel durante seu mestrado em neuroengenharia no ISD, enquanto o G-Exos foi fruto da pesquisa de mestrado de Mouhamed Zorkot. Para controlar os exoesqueletos, utiliza-se a tecnologia da Interface Cérebro-Máquina, capaz de estabelecer uma conexão direta entre o cérebro e um computador, uma das linhas de pesquisa do Instituto. “Há vários estudos, inclusive com nosso equipamento, que mostram que essas ferramentas associadas à reabilitação são capazes de promover uma melhora motora muito mais significativa do que os métodos tradicionais”, destaca. 

 

A Stimully, por sua vez, à frente da qual estão o professor pesquisador Fabrício Brasil e o professor Leandro Mattos, busca utilizar a técnica da neuromodulação para regular a hiperatividade cerebral que filtra os estímulos externos em pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). “Queremos normalizar esta atividade utilizando uma técnica de neuromodulação segura, oferecendo redução de tempo e custo em mais de 99% para familiares e planos de saúde. Os avaliadores se mostraram entusiasmados, pois a proposta apresentava um potencial de mercado bem grande, e ao mesmo tempo estava associada a uma causa social relevante para a sociedade”, afirma o professor pesquisador. 

 

Com os investimentos, os pesquisadores pretendem continuar investindo no crescimento dos negócios, com o objetivo de ultrapassar as fronteiras do Brasil. “Estamos rodando um estudo clínico com 150 crianças utilizando equipamentos de outras empresas. Agora pretendemos construir os nossos, bem como iniciar a comercialização para atingir o maior número de pessoas possíveis. Esse foi o terceiro edital que nos inscrevemos e vencemos em todos, mas ainda precisamos de recursos para continuar evoluindo. Buscamos ainda parceiros e venture capitals para alavancar a startup”, destaca Fabrício Brasil. 

Texto: Mariana Ceci / Ascom – ISD

Foto: Mariana Ceci / Ascom – ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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Os pesquisadores do ISD que integram as equipes selecionadas são Rommel Araújo e Mouhamed Zorkot, mestres em Neuroengenharia, e Fabrício Brasil, professor pesquisador na instituição. O Startup Nordeste teve seu primeiro resultado anunciado em junho, quando 200 projetos foram selecionados para integrar as mentorias e atividades do programa. Após várias fases que aconteceram ao longo dos últimos meses, restaram 26 projetos, que foram escolhidos pelos avaliadores para receber financiamento ao longo dos próximos seis meses.

 

O objetivo do Programa é fomentar o ecossistema de inovação e as startups sediadas na região Nordeste, contribuindo para a inserção de pequenos negócios inovadores no mercado global de inovação e tecnologia.

 

O professor pesquisador Fabrício Brasil destaca a importância de inserir no mercado projetos de negócios que tenham como base a ciência e a pesquisa.” As pesquisas científicas precisam sair dos muros do laboratório e gerar emprego e renda para nosso país. Precisamos dissociar a ideia enraizada de que uma pós-graduação está relacionada apenas à elaboração de trabalhos científicos”, afirma. 

 

De acordo com Brasil, o movimento de estimular a criação de empresas e startups a partir de projetos de pesquisa desenvolvidos pelos estudantes teve início há alguns anos no ISD, e tem apresentado bons resultados, com a aprovação de empresas em programas de aceleração nacional, como o Startup Nordeste e o Centelha, e programas internacionais, como o Global Grad Show.

 

BrainExos e Stimully 

Ambas empresas aprovadas para financiamento pelo programa Startup Nordeste, BrainExos e Stimully, possuem como base conceitos das neurociências unidos à questões de saúde enfrentadas pela população. 

 

A BrainExos, explica Rommel Araújo, é uma startup de tecnologia e saúde de base científica, que busca superar as barreiras que existem hoje para a reabilitação motora. A empresa possui duas soluções: o G-Exos e o HERO, exoesqueletos vestíveis para auxiliar na reabilitação de pessoas que tiveram Acidente Vascular Encefálico (AVE ou, popularmente, “AVC”). “A missão da BrainExos é fazer com que esses pacientes tenham mais autonomia e qualidade de vida, promovendo uma reabilitação motora mais eficaz, por meio de estímulo a mecanismos de neuroplasticidade”, diz Rommel.

 

O HERO foi desenvolvido por Rommel durante seu mestrado em neuroengenharia no ISD, enquanto o G-Exos foi fruto da pesquisa de mestrado de Mouhamed Zorkot. Para controlar os exoesqueletos, utiliza-se a tecnologia da Interface Cérebro-Máquina, capaz de estabelecer uma conexão direta entre o cérebro e um computador, uma das linhas de pesquisa do Instituto. “Há vários estudos, inclusive com nosso equipamento, que mostram que essas ferramentas associadas à reabilitação são capazes de promover uma melhora motora muito mais significativa do que os métodos tradicionais”, destaca. 

 

A Stimully, por sua vez, à frente da qual estão o professor pesquisador Fabrício Brasil e o professor Leandro Mattos, busca utilizar a técnica da neuromodulação para regular a hiperatividade cerebral que filtra os estímulos externos em pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). “Queremos normalizar esta atividade utilizando uma técnica de neuromodulação segura, oferecendo redução de tempo e custo em mais de 99% para familiares e planos de saúde. Os avaliadores se mostraram entusiasmados, pois a proposta apresentava um potencial de mercado bem grande, e ao mesmo tempo estava associada a uma causa social relevante para a sociedade”, afirma o professor pesquisador. 

 

Com os investimentos, os pesquisadores pretendem continuar investindo no crescimento dos negócios, com o objetivo de ultrapassar as fronteiras do Brasil. “Estamos rodando um estudo clínico com 150 crianças utilizando equipamentos de outras empresas. Agora pretendemos construir os nossos, bem como iniciar a comercialização para atingir o maior número de pessoas possíveis. Esse foi o terceiro edital que nos inscrevemos e vencemos em todos, mas ainda precisamos de recursos para continuar evoluindo. Buscamos ainda parceiros e venture capitals para alavancar a startup”, destaca Fabrício Brasil. 

Texto: Mariana Ceci / Ascom – ISD

Foto: Mariana Ceci / Ascom – ISD

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Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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