Paradesporto como meio de inclusão social é tema de encontro com usuários da linha de cuidado da Lesão Medular do ISD

Publicado em 26 de agosto de 2022

Promover a inclusão social, a autoestima e a inserção de exercícios na rotina: esses são alguns benefícios associados às práticas paradesportivas, tema que foi discutido na quarta-feira (24/11) por pacientes da linha de cuidado de Lesão Medular Adulto do Instituto Santos Dumont (ISD), no evento “O paradesporto como possibilidade de inclusão social e realização pessoal”. Organizado por residentes do Programa de Residência Multiprofissional no Cuidado à Saúde da Pessoa com Deficiência (RESPCD) do ISD, a atividade contou com a presença de atletas paralímpicos, como a nadadora medalhista Joana Neves, e de membros da Sociedade Amigos do Deficiente Físico (SADEF/RN). Além de promover uma roda de conversa que permitiu a integração e a troca de experiências sobre a participação de pessoas com deficiência nos esportes, os presentes puderam participar de atividades de esporte adaptado, como handbike e tênis de mesa.

 

A psicóloga residente da RESPCD, Sarah Oliveira, e a preceptora multiprofissional fisioterapeuta Natália Barbosa, que integram a equipe organizadora do evento, explicam que a iniciativa surgiu a partir de pedidos dos próprios pacientes da linha de cuidado de Lesão Medular Adulto, por mais momentos de interação e encontros sobre temas pertinentes à pessoa com deficiência de forma geral.

 

Um dos presentes foi Gustavo Henrique da Silva, 29 anos, usuário do CER ISD desde 2020. Por meio da reabilitação desenvolvida no ISD, Gustavo pratica o ciclismo na handbike, uma bicicleta adaptada que funciona com os pedais nas mãos ao invés dos pés. Gustavo, que já experimentou outras atividades físicas, como musculação e atletismo, afirma que a atividade é útil para estabelecer uma rotina e inserir a movimentação no seu dia-a-dia. Atualmente, ele pedala em média 20km por dia.

 

“O esporte abrange muitas outras coisas. Tem sonhos que as pessoas falaram aqui, como viajar, conhecer outros lugares, e através do esporte, elas conseguiram dar esse passo a mais. Esses momentos são especiais pra gente, pela questão da inclusão no esporte e inclusão social também”, diz.

 

Inserir mais atividades físicas e esportes na rotina se tornou uma das metas para Gustavo, que pensa em conhecer outras modalidades, como o halterofilismo. Essa prática, conta, surgiu com o incentivo de sua mãe, que o estimulou a não ficar apenas dentro de casa.

 

O apoio familiar foi mencionado em mais de um depoimento compartilhado durante o encontro, reforçando a importância da participação da família em processos de reabilitação e inclusão social da pessoa com deficiência. Muitos dos presentes questionaram, durante a vida, se seriam capazes de, um dia, estarem inseridos em práticas cotidianas. Em muitos casos, não existia o conhecimento de que era possível uma pessoa com deficiência ser atleta ou fazer parte de algum esporte. Para mudar essa realidade, a participação dos familiares foi fundamental, na forma de estímulo e busca conjunta por informações.

 

Segundo a preceptora Natália Barbosa, muitas vezes a família possui um peso significativo na motivação da pessoa com deficiência, reforçando iniciativas de integração como fundamentais no ato de mostrar as possibilidades de participação na sociedade.

 

É o que conta também Joana Neves, medalhista paralímpica na categoria de natação, uma das pessoas que compartilharam sua experiência no evento. Durante a vida, Joana passou por dificuldades nas quais o apoio se mostrou imprescindível. Por isso, considera o papel de incentivo da família na integração da pessoa com deficiência nos esportes e na sociedade essencial.

 

“Eu falo muito: não deixe seu filho dentro de casa. Quando a família esconde uma pessoa com deficiência, ela se sente um peso. Seja a primeira pessoa a apoiar seu filho a começar de casa, porque quando se tem o apoio da família, se consegue fazer qualquer outra coisa”, relata.

 

O tema escolhido para o evento, o paradesporto, já é trabalhado pela instituição por meio das ações de esporte adaptado realizadas em Macaíba, dentro da Linha de Cuidado do Paradesporto do CER ISD. A residente Sarah Oliveira explica que a ação possibilita enxergar a prática esportiva na inclusão e participação social desse grupo. “A ideia foi trazer os atletas que já estão inseridos e também a parte prática, para trazer essa noção do que se trata o paradesporto”, complementa.

 

Texto:  Naomi Lamarck/ Ascom – ISD

Foto: Naomi Lamarck / Ascom – ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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A psicóloga residente da RESPCD, Sarah Oliveira, e a preceptora multiprofissional fisioterapeuta Natália Barbosa, que integram a equipe organizadora do evento, explicam que a iniciativa surgiu a partir de pedidos dos próprios pacientes da linha de cuidado de Lesão Medular Adulto, por mais momentos de interação e encontros sobre temas pertinentes à pessoa com deficiência de forma geral.

 

Um dos presentes foi Gustavo Henrique da Silva, 29 anos, usuário do CER ISD desde 2020. Por meio da reabilitação desenvolvida no ISD, Gustavo pratica o ciclismo na handbike, uma bicicleta adaptada que funciona com os pedais nas mãos ao invés dos pés. Gustavo, que já experimentou outras atividades físicas, como musculação e atletismo, afirma que a atividade é útil para estabelecer uma rotina e inserir a movimentação no seu dia-a-dia. Atualmente, ele pedala em média 20km por dia.

 

“O esporte abrange muitas outras coisas. Tem sonhos que as pessoas falaram aqui, como viajar, conhecer outros lugares, e através do esporte, elas conseguiram dar esse passo a mais. Esses momentos são especiais pra gente, pela questão da inclusão no esporte e inclusão social também”, diz.

 

Inserir mais atividades físicas e esportes na rotina se tornou uma das metas para Gustavo, que pensa em conhecer outras modalidades, como o halterofilismo. Essa prática, conta, surgiu com o incentivo de sua mãe, que o estimulou a não ficar apenas dentro de casa.

 

O apoio familiar foi mencionado em mais de um depoimento compartilhado durante o encontro, reforçando a importância da participação da família em processos de reabilitação e inclusão social da pessoa com deficiência. Muitos dos presentes questionaram, durante a vida, se seriam capazes de, um dia, estarem inseridos em práticas cotidianas. Em muitos casos, não existia o conhecimento de que era possível uma pessoa com deficiência ser atleta ou fazer parte de algum esporte. Para mudar essa realidade, a participação dos familiares foi fundamental, na forma de estímulo e busca conjunta por informações.

 

Segundo a preceptora Natália Barbosa, muitas vezes a família possui um peso significativo na motivação da pessoa com deficiência, reforçando iniciativas de integração como fundamentais no ato de mostrar as possibilidades de participação na sociedade.

 

É o que conta também Joana Neves, medalhista paralímpica na categoria de natação, uma das pessoas que compartilharam sua experiência no evento. Durante a vida, Joana passou por dificuldades nas quais o apoio se mostrou imprescindível. Por isso, considera o papel de incentivo da família na integração da pessoa com deficiência nos esportes e na sociedade essencial.

 

“Eu falo muito: não deixe seu filho dentro de casa. Quando a família esconde uma pessoa com deficiência, ela se sente um peso. Seja a primeira pessoa a apoiar seu filho a começar de casa, porque quando se tem o apoio da família, se consegue fazer qualquer outra coisa”, relata.

 

O tema escolhido para o evento, o paradesporto, já é trabalhado pela instituição por meio das ações de esporte adaptado realizadas em Macaíba, dentro da Linha de Cuidado do Paradesporto do CER ISD. A residente Sarah Oliveira explica que a ação possibilita enxergar a prática esportiva na inclusão e participação social desse grupo. “A ideia foi trazer os atletas que já estão inseridos e também a parte prática, para trazer essa noção do que se trata o paradesporto”, complementa.

 

Texto:  Naomi Lamarck/ Ascom – ISD

Foto: Naomi Lamarck / Ascom – ISD

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Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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