“Vá para a comunidade. Saiba onde é que a dor doi”, diz ex-reitora da UFRN em aula para o ISD sobre os caminhos do desenvolvimento sustentável

Publicado em 9 de maio de 2021

“Vá para a comunidade. Saiba onde é que a dor dói”.

“Que benefícios o seu projeto – ou trabalho – pode trazer para o contexto?”.

A indicação e a provocação foram lançadas por Ângela Maria Paiva Cruz, professora e ex-reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a alunos, pesquisadores, preceptores e outros colaboradores do Instituto Santos Dumont (ISD) na última quarta-feira (05).

A professora, que da graduação ao doutorado mergulhou em áreas como matemática, filosofia e educação, encampa também batalhas relacionadas à impulsionar a ciência, a tecnologia, a inovação e o desenvolvimento sustentável. 

Uma delas consiste em fazer transformações e sensibilizar pessoas para que atuem com responsabilidade social e façam sua parte para ajudar o Brasil a alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da chamada “Agenda 2030” – tema central da aula aberta que ministrou nesta semana para estudantes e equipe do Instituto. 

ODS

Os ODS incluem metas globais que estão no centro da atuação do Instituto Santos Dumont, a exemplo de educação de qualidade, saúde e bem estar, inovação, redução das desigualdades e o alcance da igualdade de gênero, assim como do empoderamento das mulheres e meninas.

Em 2015, 193 países membros das Nações Unidas, incluindo o Brasil, assumiram o compromisso com essa agenda, entre eles o Brasil.

Veja abaixo um vídeo da Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito.

 A professora Ângela Paiva já integrou a Comissão Nacional dos ODS. A aula ministrada por ela é parte da programação da disciplina “Educação para a cidadania global”, cursada por alunos dos programas de Residência Multiprofissional no Cuidado à Saúde da Pessoa com Deficiência e de Mestrado em Neuroengenharia do Instituto. 

A disciplina tem à frente o professor-pesquisador e diretor-geral do ISD, Reginaldo Freitas Júnior.

Além da exposição de Ângela, a aula desta semana contou com apresentação da pesquisadora Paula Serafini, aluna de mestrado em Engenharia de Produção da UFRN e fundadora do Projeto Práticas ODS (@praticasods, no Instagram), que busca compartilhar conhecimento e métodos para implementação da Agenda 2030 em empresas, universidades e outros setores.

A AGENDA 2030

A Agenda 2030 é definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um plano de ação universal que busca desenvolvimento econômico, erradicação da pobreza, da miséria e da fome, inclusão social, sustentabilidade ambiental e boa governança em todos os níveis, incluindo paz e segurança. 

Ela é composta por 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) e por 169 metas de ação global para alcance até 2030, “em sua maioria”, diz a ONU, “abrangendo as dimensões ambiental, econômica e social do desenvolvimento sustentável, de forma integrada e inter-relacionada”.

Durante a aula ministrada para o ISD, Ângela e Paula apresentaram um grande raio-x sobre o tema.

Aula foi ministrada virtualmente e transmitida para os alunos e colaboradores do ISD

Abordaram uma perspectiva histórica da Agenda 2030, detalharam os indicadores relacionados, o que está sendo feito no Brasil, qual é o panorama atual nos governos e nas instituições de ensino superior brasileiras, e como todos colaboram ou podem vir a colaborar nesse contexto.

DESAFIOS

Entre os desafios relacionados à Agenda, elas citaram a falta de conhecimento da população – e também de gestores públicos, por exemplo – sobre o que os ODS são na prática e sobre como o que é feito no dia a dia, seja em projetos de pesquisa, no trabalho ou em políticas públicas, está relacionado a esses objetivos e pode contribuir para que sejam alcançados.

“Muitas pessoas não sabem de fato o que são os ODS, e não só o que a sigla significa, mas para que esses objetivos servem e como podem contribuir para a disseminação dessa cultura”, disse Paula. A professora Ângela acrescentou, em uma espécie de síntese da definição, que “a Agenda 2030 dá sentido ao que fazemos, olhando para o futuro”.

Pesquisa realizada em 2019 pela Rede Conhecimento Social em conjunto com o IBOPE Inteligência e a Conhecimento Social - Estratégia e Gestão mostra que 49% dos brasileiros não sabem o que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O PODER DO CONHECIMENTO

Ângela citou a participação de toda a sociedade como fundamental para que os objetivos previstos na Agenda 2030 sejam disseminados e cumpridos. E as instituições de ensino, seus estudantes, pesquisadores e colaboradores também são vistos com um papel crucial nesse processo.

“Se você quiser um alinhamento dos seus estudantes, dos seus pesquisadores (com o que os ODS preconizam), um bom caminho, que (o professor) Reginaldo já começou a trilhar, é incentivá-los a pensar nos projetos que desenvolvem. O projeto do ISD, o projeto do mestrado, como é que a gente alinha a um objetivo da Agenda 2030?”, disse a professora.

Qual é o objetivo das pesquisas realizadas pelo Instituto? em que o conhecimento gerado pode interferir? e o que propiciará? estão entre as perguntas-chave que podem e devem ser feitas nessa direção, segundo ela. A participação em projetos de extensão é citada como um passo importante para descobrir essas respostas.

“Quando você não sabe exatamente o que você quer, para onde vai o seu projeto, vá para a comunidade. Aí vai fazer sentido aquilo que você está trabalhando. Vá para a comunidade. Saiba onde é que a dor doi”, comentou a professora. 

“A gente”, analisa ela, “tem a mania de pensar ‘que o que a gente faz é muito pequeno, que é apenas um recorte’. “Mas esse recorte está num contexto. Em que contexto o seu projeto se insere?”, provoca.

A professora apresentou o conhecimento gerado pela pesquisa como “uma grande arma,  num bom sentido”. 

“É um bom instrumento de luta, para a melhoria, desde que pensado assim. É importante essa premissa de que conhecimento gerado é um arsenal super interessante para transformações. Mas a gente precisa estar sensível às demandas da sociedade e aí a extensão faz bastante sentido”. 

SELO ODS

Com relação às instituições de ensino superior, a pesquisadora Paula Serafini observa que há uma notícia ruim e outra boa envolvendo os ODS.

A ruim é que a “Rede ODS de universidades”, que foi criada em 2017 para promover a inserção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão das instituições foi desarticulada e não é mais possível medir o impacto que causa.

A notícia boa, segundo ela, é que a ideia de um selo ODS para valorizar ações implementadas por universidades e institutos federais nesse campo está virando realidade. 

“Há um projeto da Universidade de Brasília (UnB) em andamento para criação desse selo”, disse a pesquisadora.

Segundo a UnB, o projeto Selo ODS tem como objetivo principal formatar uma tecnologia que permita tornar as universidades laboratórios vivos para alinhamento de suas ações de ensino, pesquisa, extensão e gestão à Agenda 2030 – e que ele pode ser compreendido como oportunidade de construção coletiva de uma rede de universidades alinhadas com o fortalecimento da democracia e enfrentamento às desigualdades.

“UM OBSTÁCULO A SER VENCIDO”

Para o professor Reginaldo Freitas Júnior, o ajuste das metas à realidade local é um obstáculo a ser vencido. 

O Instituto Santos Dumont tem um programa institucional todo vinculado aos ODS – e busca levar os alunos à reflexão de como o que fazem no dia a dia está relacionado a esses objetivos. 

A meta é “fazer cair a ficha”, onde for necessário, de que esses objetivos também nos pertencem, que eles não são uma coisa “do outro”, uma coisa distante.

Cultura

No Instituto, para um preceptor, um pesquisador ou outro colaborador submeter um novo projeto ele precisa deixar claro na submissão o que vai fazer no ensino, na pesquisa, e na extensão, qual objetivo e com qual meta do Objetivo ele está contribuindo com aquele projeto.

Mas os desafios nesse contexto não param. Agora, o ISD estuda meios de incluir o alinhamento de possíveis candidatos e candidatas com esses objetivos entre os pré-requisitos a serem avaliados em futuros processos de seleção de colaboradores e alunos. 

A ideia é medir o que provas e o currículo lattes não medem, diz Freitas Júnior, e acrescenta: “Agora está conosco, nas nossas mãos. Vamos ver onde a dor dói e vamos atuar onde a dor dói, já que cuidar é nossa profissão”.

OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO ISD

No Instituto Santos Dumont, cinco dos 17 ODS estão fortemente ligados às atividades que desenvolve.

Veja abaixo quais são:

SOBRE A EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA GLOBAL

 

O ISD oferece a disciplina Educação para Cidadania Global desde 2018 nos programas de pós-graduação em Neuroengenharia e de Residência Multiprofissional no Cuidado à Saúde da Pessoa com Deficiência. Neste semestre, a disciplina reúne 19 alunos da Residência e do Mestrado –  incluindo profissionais de psicologia, serviço social, fonoaudiologia, fisioterapia, biomedicina e engenharia biomédica.

 

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, feminicídios, educação para uma sociedade antirracista, direitos humanos, movimento LGBTQIA+, capacitismo, redução das desigualdades e empoderamento de mulheres e meninas na ciência estão entre os tópicos que serão abordados no semestre. A disciplina tem o pressuposto de pensar globalmente e agir localmente. 

 

“Se eu fosse resumir o que a gente pretende compartilhar ao longo do semestre eu diria que é pensar globalmente e agir localmente. Essa máxima não é minha. É do sociólogo Ulrich Beck e é esse entendimento de que eu pertenço a algo maior do que o que está ao redor do meu umbigo, de que eu estou conectado com esse algo maior, de que eu tenho para com esse algo maior direitos e deveres e de que isso tem a ver com o fato de eu respeitar a minha humanidade”, diz o professor-pesquisador e diretor-geral do ISD.



Texto e fotos:  Renata Moura – Jornalista / Ascom – ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

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A indicação e a provocação foram lançadas por Ângela Maria Paiva Cruz, professora e ex-reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a alunos, pesquisadores, preceptores e outros colaboradores do Instituto Santos Dumont (ISD) na última quarta-feira (05).

A professora, que da graduação ao doutorado mergulhou em áreas como matemática, filosofia e educação, encampa também batalhas relacionadas à impulsionar a ciência, a tecnologia, a inovação e o desenvolvimento sustentável. 

Uma delas consiste em fazer transformações e sensibilizar pessoas para que atuem com responsabilidade social e façam sua parte para ajudar o Brasil a alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da chamada “Agenda 2030” – tema central da aula aberta que ministrou nesta semana para estudantes e equipe do Instituto. 

ODS

Os ODS incluem metas globais que estão no centro da atuação do Instituto Santos Dumont, a exemplo de educação de qualidade, saúde e bem estar, inovação, redução das desigualdades e o alcance da igualdade de gênero, assim como do empoderamento das mulheres e meninas.

Em 2015, 193 países membros das Nações Unidas, incluindo o Brasil, assumiram o compromisso com essa agenda, entre eles o Brasil.

Veja abaixo um vídeo da Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito.

 A professora Ângela Paiva já integrou a Comissão Nacional dos ODS. A aula ministrada por ela é parte da programação da disciplina “Educação para a cidadania global”, cursada por alunos dos programas de Residência Multiprofissional no Cuidado à Saúde da Pessoa com Deficiência e de Mestrado em Neuroengenharia do Instituto. 

A disciplina tem à frente o professor-pesquisador e diretor-geral do ISD, Reginaldo Freitas Júnior.

Além da exposição de Ângela, a aula desta semana contou com apresentação da pesquisadora Paula Serafini, aluna de mestrado em Engenharia de Produção da UFRN e fundadora do Projeto Práticas ODS (@praticasods, no Instagram), que busca compartilhar conhecimento e métodos para implementação da Agenda 2030 em empresas, universidades e outros setores.

A AGENDA 2030

A Agenda 2030 é definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um plano de ação universal que busca desenvolvimento econômico, erradicação da pobreza, da miséria e da fome, inclusão social, sustentabilidade ambiental e boa governança em todos os níveis, incluindo paz e segurança. 

Ela é composta por 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) e por 169 metas de ação global para alcance até 2030, “em sua maioria”, diz a ONU, “abrangendo as dimensões ambiental, econômica e social do desenvolvimento sustentável, de forma integrada e inter-relacionada”.

Durante a aula ministrada para o ISD, Ângela e Paula apresentaram um grande raio-x sobre o tema.

Aula foi ministrada virtualmente e transmitida para os alunos e colaboradores do ISD

Abordaram uma perspectiva histórica da Agenda 2030, detalharam os indicadores relacionados, o que está sendo feito no Brasil, qual é o panorama atual nos governos e nas instituições de ensino superior brasileiras, e como todos colaboram ou podem vir a colaborar nesse contexto.

DESAFIOS

Entre os desafios relacionados à Agenda, elas citaram a falta de conhecimento da população – e também de gestores públicos, por exemplo – sobre o que os ODS são na prática e sobre como o que é feito no dia a dia, seja em projetos de pesquisa, no trabalho ou em políticas públicas, está relacionado a esses objetivos e pode contribuir para que sejam alcançados.

“Muitas pessoas não sabem de fato o que são os ODS, e não só o que a sigla significa, mas para que esses objetivos servem e como podem contribuir para a disseminação dessa cultura”, disse Paula. A professora Ângela acrescentou, em uma espécie de síntese da definição, que “a Agenda 2030 dá sentido ao que fazemos, olhando para o futuro”.

Pesquisa realizada em 2019 pela Rede Conhecimento Social em conjunto com o IBOPE Inteligência e a Conhecimento Social - Estratégia e Gestão mostra que 49% dos brasileiros não sabem o que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O PODER DO CONHECIMENTO

Ângela citou a participação de toda a sociedade como fundamental para que os objetivos previstos na Agenda 2030 sejam disseminados e cumpridos. E as instituições de ensino, seus estudantes, pesquisadores e colaboradores também são vistos com um papel crucial nesse processo.

“Se você quiser um alinhamento dos seus estudantes, dos seus pesquisadores (com o que os ODS preconizam), um bom caminho, que (o professor) Reginaldo já começou a trilhar, é incentivá-los a pensar nos projetos que desenvolvem. O projeto do ISD, o projeto do mestrado, como é que a gente alinha a um objetivo da Agenda 2030?”, disse a professora.

Qual é o objetivo das pesquisas realizadas pelo Instituto? em que o conhecimento gerado pode interferir? e o que propiciará? estão entre as perguntas-chave que podem e devem ser feitas nessa direção, segundo ela. A participação em projetos de extensão é citada como um passo importante para descobrir essas respostas.

“Quando você não sabe exatamente o que você quer, para onde vai o seu projeto, vá para a comunidade. Aí vai fazer sentido aquilo que você está trabalhando. Vá para a comunidade. Saiba onde é que a dor doi”, comentou a professora. 

“A gente”, analisa ela, “tem a mania de pensar ‘que o que a gente faz é muito pequeno, que é apenas um recorte’. “Mas esse recorte está num contexto. Em que contexto o seu projeto se insere?”, provoca.

A professora apresentou o conhecimento gerado pela pesquisa como “uma grande arma,  num bom sentido”. 

“É um bom instrumento de luta, para a melhoria, desde que pensado assim. É importante essa premissa de que conhecimento gerado é um arsenal super interessante para transformações. Mas a gente precisa estar sensível às demandas da sociedade e aí a extensão faz bastante sentido”. 

SELO ODS

Com relação às instituições de ensino superior, a pesquisadora Paula Serafini observa que há uma notícia ruim e outra boa envolvendo os ODS.

A ruim é que a “Rede ODS de universidades”, que foi criada em 2017 para promover a inserção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão das instituições foi desarticulada e não é mais possível medir o impacto que causa.

A notícia boa, segundo ela, é que a ideia de um selo ODS para valorizar ações implementadas por universidades e institutos federais nesse campo está virando realidade. 

“Há um projeto da Universidade de Brasília (UnB) em andamento para criação desse selo”, disse a pesquisadora.

Segundo a UnB, o projeto Selo ODS tem como objetivo principal formatar uma tecnologia que permita tornar as universidades laboratórios vivos para alinhamento de suas ações de ensino, pesquisa, extensão e gestão à Agenda 2030 – e que ele pode ser compreendido como oportunidade de construção coletiva de uma rede de universidades alinhadas com o fortalecimento da democracia e enfrentamento às desigualdades.

“UM OBSTÁCULO A SER VENCIDO”

Para o professor Reginaldo Freitas Júnior, o ajuste das metas à realidade local é um obstáculo a ser vencido. 

O Instituto Santos Dumont tem um programa institucional todo vinculado aos ODS – e busca levar os alunos à reflexão de como o que fazem no dia a dia está relacionado a esses objetivos. 

A meta é “fazer cair a ficha”, onde for necessário, de que esses objetivos também nos pertencem, que eles não são uma coisa “do outro”, uma coisa distante.

Cultura

No Instituto, para um preceptor, um pesquisador ou outro colaborador submeter um novo projeto ele precisa deixar claro na submissão o que vai fazer no ensino, na pesquisa, e na extensão, qual objetivo e com qual meta do Objetivo ele está contribuindo com aquele projeto.

Mas os desafios nesse contexto não param. Agora, o ISD estuda meios de incluir o alinhamento de possíveis candidatos e candidatas com esses objetivos entre os pré-requisitos a serem avaliados em futuros processos de seleção de colaboradores e alunos. 

A ideia é medir o que provas e o currículo lattes não medem, diz Freitas Júnior, e acrescenta: “Agora está conosco, nas nossas mãos. Vamos ver onde a dor dói e vamos atuar onde a dor dói, já que cuidar é nossa profissão”.

OS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO ISD

No Instituto Santos Dumont, cinco dos 17 ODS estão fortemente ligados às atividades que desenvolve.

Veja abaixo quais são:

SOBRE A EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA GLOBAL

 

O ISD oferece a disciplina Educação para Cidadania Global desde 2018 nos programas de pós-graduação em Neuroengenharia e de Residência Multiprofissional no Cuidado à Saúde da Pessoa com Deficiência. Neste semestre, a disciplina reúne 19 alunos da Residência e do Mestrado –  incluindo profissionais de psicologia, serviço social, fonoaudiologia, fisioterapia, biomedicina e engenharia biomédica.

 

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, feminicídios, educação para uma sociedade antirracista, direitos humanos, movimento LGBTQIA+, capacitismo, redução das desigualdades e empoderamento de mulheres e meninas na ciência estão entre os tópicos que serão abordados no semestre. A disciplina tem o pressuposto de pensar globalmente e agir localmente. 

 

“Se eu fosse resumir o que a gente pretende compartilhar ao longo do semestre eu diria que é pensar globalmente e agir localmente. Essa máxima não é minha. É do sociólogo Ulrich Beck e é esse entendimento de que eu pertenço a algo maior do que o que está ao redor do meu umbigo, de que eu estou conectado com esse algo maior, de que eu tenho para com esse algo maior direitos e deveres e de que isso tem a ver com o fato de eu respeitar a minha humanidade”, diz o professor-pesquisador e diretor-geral do ISD.



Texto e fotos:  Renata Moura – Jornalista / Ascom – ISD

Assessoria de Comunicação
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

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