Com 688 inscritos e mais de 8,3 mil reproduções dos conteúdos na plataforma digital, o VII Simpósio de Neuroengenharia encerrou a programação na quarta-feira, 20 de outubro, como o maior da história do Instituto Santos Dumont (ISD) desde a criação do evento, em 2015.
Essa foi a primeira edição do Simpósio desde a chegada da pandemia do coronavírus ao Brasil, em 2020. O evento aconteceu de forma completamente online e gratuita, e contou com 11 palestrantes de sete países e mais de 60 trabalhos científicos apresentados ao longo dos três dias de programação.
Apesar do formato digital ter sido uma alternativa encontrada para a realização do evento sem colocar em risco participantes e palestrantes, o gerente do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), Edgard Morya, afirma que as transmissões digitais não devem desaparecer, uma vez que o evento possa voltar a ser realizado presencialmente.
“Acredito que, a partir deste ano, eventos híbridos serão uma estratégia para multiplicar o público atingido pelo conhecimento científico gerado no Simpósio”, afirma Morya.
De acordo com o pesquisador, a forte presença de palestrantes de várias partes do mundo permitiram trazer novas visões de pesquisas que estão sendo desenvolvidas nas áreas de neurociência e neuroengenharia em diversos laboratórios, o que servirá para ampliar a visão de estudantes e pesquisadores. “Eles trouxeram novas visões e perspectivas para os alunos, que também tiveram uma participação online além das expectativas. O mais interessante é que todo esse conteúdo que foi gerado ao longo desses três dias de 2021 ficará disponível por muito tempo, estimulando muito mais pessoas”, sublinha Edgard Morya.
Entre os palestrantes, estiveram professores e pesquisadores de instituições como as Universidades de Oxford e Birmingham, no Reino Unido; a Universidade de Buenos Aires, na Argentina; a Universidade Aix-Marseille e o Institut des Neurosciences Paris‑Saclay, na França e da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça. Além desses participantes, a pesquisadora Janine Inez Rossato, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), uma das pesquisadores mais influentes do bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) de acordo com o AD Scientific Index, também esteve presente na programação.
Além das palestras e dos quatro tutoriais ministrados por professores pesquisadores do ISD, estudantes de todo o Brasil puderam submeter trabalhos para serem apresentados no formato de pôsteres virtuais. “As discussões nas apresentações de trabalho foram muito interessantes e permitiram uma excelente interação entre participantes e apresentadores, algo muito rico para a pesquisa científica”, destacou o professor pesquisador do IIN-ELS, Felipe Porto Fiuza.
Os seis trabalhos mais bem avaliados pela Comissão Científica do Simpósio trataram de temas atuais e relevantes, como a criação de sistemas automatizados de ventilação mecânica para cuidados intensivos em pacientes com Covid-19, feito por estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Minas Gerais, e o desenvolvimento de uma prótese talâmica para restaurar o senso da visão em pacientes cegos com glaucoma, apresentado por estudantes da École Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça.
Texto: Mariana Ceci / Ascom – ISD
Foto: Kamila Tuênia / Ascom – ISD
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Instituto Santos Dumont (ISD)
É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.