O Conselho de Administração do Instituto Santos Dumont (ISD) aprovou nesta quarta-feira (26) a minuta do termo aditivo ao Contrato de Gestão com o Ministério da Educação (MEC), cuja assinatura é prevista ainda para este semestre.

O documento define repasses de recursos federais para operação do ISD em 2021 e o quadro de indicadores e metas que deverá nortear as atividades do Instituto no período.

A reunião em que os termos do Aditivo foram votados e aprovados foi realizada por meio de videoconferência e também incluiu a apresentação de planos de expansão com pesquisas clínicas no Instituto, assim como de relatórios financeiros gerenciais e dos resultados das duas últimas avaliações da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Contrato de Gestão (CAACG) do MEC com o ISD, relativas aos anos de 2019 e 2020. 

A Comissão reúne especialistas ligados a universidades e outros órgãos do Governo Federal qualificados nas áreas de atuação do ISD e avalia indicadores pactuados com o Ministério que envolvem ensino, pesquisa, extensão e gestão administrativa. 

Resultados

Com relação a 2019, a Comissão concluiu que “o ISD apresentou resultados excelentes, mesmo tendo enfrentado uma crise sem precedentes na sua história e que, “a cada ano, constata-se a contínua e sólida integração entre as áreas de atuação do Instituto, o que fortalece a indissociabilidade do trinômio ensino-pesquisa-extensão e consolida a abordagem interdisciplinar e o trabalho interprofissional como baluartes desta Instituição que é única no país com esse perfil.” 

Já no que diz respeito a 2020, o relatório da Comissão aponta que “o conjunto de ações realizadas pelo ISD mostrou ter alcançado resultados que superaram as expectativas desta CAACG, considerando a pandemia de Covid-19 e a consequente e necessária paralisação das atividades presenciais, tanto no CEPS quanto no IIN-ELS”, fazendo referência às duas unidades do ISD: o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (Anita) e o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS).

Ainda no documento, a Comissão chama a atenção mais uma vez para o que chama de “solidez da integração construída entre as áreas de atuação do ISD, refletida na abordagem interdisciplinar e no trabalho interprofissional em áreas pioneiras no país”, acrescentando que o Instituto respondeu “com enorme rapidez às demandas da sociedade e adaptou-se prontamente ao contexto adverso que uma pandemia totalmente imprevisível tem acarretado, com resultados louváveis”.

Projetos

Recomendações da Comissão relacionadas ao aumento da ocupação das instalações por pesquisadores de diferentes regiões do país estão entre as que foram detalhadas na reunião e, apesar de restrições orçamentárias e do contexto de pandemia, estão em fase de execução no Instituto – com perspectivas de expansão de pesquisas e assistência à população ainda neste ano.

“Está em curso a adequação de todo o primeiro andar do prédio do IIN-ELS para laboratório de pesquisa clínica. São mais 14 salas sendo preparadas. Essa recomendação já estava no nosso escopo de atuação, no nosso horizonte de plano diretor, e mesmo com o contexto atual está em curso”, disse o diretor-geral, Reginaldo Freitas Júnior.

O Conselho de Administração 

O Conselho de Administração é o órgão de deliberação superior do Instituto Santos Dumont e reúne representantes do MEC e também de outros Ministérios de governo e entidades de áreas como ciência, educação, saúde e indústria.

Participaram da reunião o diretor-geral do ISD, Reginaldo Freitas Júnior, o diretor administrativo, Jovan Gadioli dos Santos, os gerentes de unidades Lilian Lira Lisboa (do Anita) e Edgard Morya (do IIN-ELS) e a coordenadora administrativa do Instituto, Juliana Dalpra, além de 10 dos 12 membros do Conselho, sendo dois deles representados por meio de procuração. 

O Conselho de Administração realiza atividades de forma não remunerada e tem como membros titulares Miguel Ângelo Laporta Nicolelis (presidente), Vinícius Nunes Azevedo (Ministério da Saúde), Amaro Sales de Araújo (Confederação Nacional da Indústria – CNI), Fábio Donato Soares Larotonda (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), Francisco Humberto Vignoli (Fundação Getúlio Vargas), Hélio Toledo de Campos Mello Junior (representante dos associados), José Luiz Egydio Setúbal (Fundação José Luiz Egydio Setúbal – Hospital Sabará), Sérgio Henrique da Silva Santos (Ministério da Educação), George Dantas de Azevedo, diretor da Escola Multicampi de Ciências Médicas da UFRN, indicado ao Conselho entre os profissionais de notória capacidade, assim como o consultor Theodoro Paraschiva, o economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo e o médico e professor Nildo Alves Batista, que representa o Ministério da Educação no Conselho e anunciou nesta quarta-feira que se desliga da função, em razão da aposentadoria. 

No discurso de despedida, ele cumprimentou a todos que, afirma, “fazem com que o ISD se destaque como tem se destacado e como hoje mais uma vez foi comprovado, como um Instituto de ensino, pesquisa, assistência, de enorme relevância regional”.

“Eu consegui nesse tempo conhecer e ver a potência que o Instituto tem. Obrigada pela oportunidade de mesmo em tempos de pandemia conviver com um grupo e uma instituição tão potentes”, disse o professor. 

O diretor-geral do ISD agradeceu as contribuições dele e fez votos de que “esse novo tempo de aposentadoria também seja muito produtivo”. 

“Que seja uma ressignificação da sua produção e  do que fazer. Tanto o país, quanto a Abem (Associação Brasileira de Educação Médica, que ele preside) e a educação médica devem muito ao senhor e precisam do seu trabalho. Para o ISD foi uma honra tê-lo como conselheiro e a nossa palavra é de gratidão realmente”.