Há cerca de um ano, o Brasil enfrenta uma luta árdua contra o coronavírus. A pandemia acentuou vulnerabilidades sociais e fez com que milhares de brasileiros perdessem sua renda e com ela a garantia de alimentação, moradia, saúde, entre outros direitos básicos. A realidade é trazida à tona em uma discussão sobre a pertinência da Seguridade Social nesse contexto, no artigo “A relevância da Seguridade Social em tempos de pandemia: uma análise das implicações sociais para as famílias e para o Serviço Social”, com autoria conjunta das residentes do Instituto Santos Dumont (ISD) Anna Beatriz Valentim, Arilene Lisboa, Círia Germano e Juciara Gomes, e da Preceptora Multiprofissional Assistente Social, Alexandra Lima.
A pesquisa teve destaque na revista científica Brazilian Journal of Health Review e aponta que a atual conjuntura denuncia os níveis de vulnerabilidade de milhares de brasileiros/as e problematiza as dificuldades encontradas pela população em busca do benefício do Auxílio Emergencial, além de trazer reflexões sobre a atuação dos profissionais do Serviço Social nessa área. Clique aquí para ler o artigo na íntegra.
Para a assistente social Alexandra Lima, “ a situação socioeconômica do indivíduo e de sua família pode gerar vulnerabilidades em diversas esferas, suas consequências podem interferir na atuação de diversas categorias profissionais, dentre estas, o serviço social, que se insere nas políticas de seguridade com o compromisso de atuar em prol dos interesses da população”.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), endossa o que Alexandra diz. 13,4 milhões de brasileiros estão desempregados. É a maior média anual de desempregados desde que a pesquisa foi iniciada, em 2012.
Assistentes Sociais e Trabalho na pandemia
Em decorrência da crise sanitária que o mundo enfrenta, as autoras apontam no artigo a precarização do mercado de trabalho para assistentes sociais de forma geral e citam diminuição nos direitos trabalhistas, falta de equipamentos de proteção individual (EPI) e ausência de capacitação como alguns dos principais problemas enfrentados Brasil afora.
“As consequências da pandemia e da falta de preparo para lidar com essa realidade em diversas áreas, interferem na atuação de diversas categorias profissionais, dentre estas, o serviço social. A reflexão sobre essas consequências deve ter lugar de destaque para a reorganização da prática profissional”, diz Alexandra Lima.
Ensino e Pesquisa
O artigo é assinado em sua maioria por residentes da Residencia Multiprofesional en Atención a la Salud de Personas con Discapacidad, programa de pós-graduação pioneiro no cuidado integral à saúde da pessoa com deficiência no Brasil. Um dos pilares da formação na Residência é o incentivo à pesquisa e a construção de conhecimento científico. No ano de 2020, os alunos dos cursos de pós-graduação do Instituto – Máster en Neuroingeniería e Residência Multiprofissional – desenvolveram e publicaram 47 produções científicas, entre elas artigos, capítulos de livro e vídeos de divulgação científica.
Sobre o protagonismo dos estudantes em formação, a preceptora que conduziu o estudo diz que “é importante fomentar o protagonismo de profissionais em processo de especialização e a estrutura da Residência oportuniza o processo constante de ensino-aprendizagem entre seus integrantes”. “O estudo publicado é resultado de uma prática contínua de aproximação ao cotidiano dos usuários atendidos nos cenários de prática em diálogo com a teoria que orientam essa formação”, finaliza Alexandra.
Residencia
A Residência Multiprofissional no Cuidado à Saúde da Pessoa com Deficiência é oferecida pelo ISD desde 2018. O programa tem como principal campo de atuação o Centro de Educación e Investigación en Salud Anita Garibaldi e o Centro Especializado em Reabilitação Física, Auditiva e Intelectual (CER III), do ISD.
O ISD é referência em saúde materno-infantil, da pessoa com deficiência, em neurociências e neuroengenharia. O atendimento à população é oferecido por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e, no CER, engloba pessoas com epilepsia refratária; Parkinson; Transtorno do Espectro Autista (TEA); lesão medular; microcefalia; deficiência auditiva; prematuridade e bexiga neurogênica. Trata-se do primeiro CER do Nordeste do Brasil com atuação integrada a um sistema de pesquisa e inovação por meio de trabalho conjunto com o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra.
Texto: Kamila Tuenia / Pasante de Periodismo / Ascom – ISD
Edición: Renata Moura / Periodista / Ascom – ISD
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Instituto Santos Dumont (ISD)
Es una Organización Social vinculada al Ministerio de Educación (MEC) y engloba al Instituto Internacional de Neurociencia Edmond y Lily Safra y al Centro de Educación e Investigación en Salud Anita Garibaldi, ambos en Macaíba. La misión del ISD es promover la educación para la vida, formando ciudadanos a través de acciones integradas de enseñanza, investigación y extensión, además de contribuir para una transformación más justa y humana de la realidad social brasileña.