Uma concluinte do Máster en Neuroingeniería de Instituto Internacional de Neurociencias Edmond y Lily Safra (IIN-ELS) de 2018, Lorena Andreoli, é a primeira brasileira a ser aprovada no programa de doutorado do Okinawa Institute of Science and Technology (OIST Graduate University), no Japão. Ela desenvolverá pesquisas na área de neurociências durante um período de três e a cinco anos.
O doutorado do OIST Graduate University possui uma proposta interdisciplinar. Durante o primeiro ano do curso Andreoli desenvolverá estágios em três laboratórios da instituição, sendo um deles obrigatoriamente distinto do seu campo de estudo principal. Somente após esse período serão decididos o tema da pesquisa e o orientador da tese de doutorado.
Para ser a primeira brasileira aprovada nesse programa de pós-graduação, Andreoli teve que preparar e encaminhar uma carta de intenção, cartas de recomendação de profissionais que trabalharam com ela na pesquisa, além de histórico escolar e currículo. Na sequência, foram realizadas entrevistas. “Eu estou muito feliz, pois se trata de uma universidade nova, mas que já está entre as melhores do Japão. A gente sonha com isso, mas às vezes acha que não dá conta. Sou muito grata às pessoas no IIN-ELS que me ensinaram que todo mundo é capaz e que a ciência é para todos!”, comenta Andreoli.
O impacto da aprendizagem no Mestrado do IIN-ELS
Andreoli acredita que a experiência obtida no mestrado do IIN-ELS teve grande contribuição para a sua aprovação no doutorado da OIST Graduate University. Em Macaíba (RN), ela teve oportunidade de migrar gradativamente da Psicologia, área em que é graduada, para a Neuroengenharia. Ela também aprendeu na prática diversas temáticas associadas às Neurociências como programação, manejo de modelos experimentais, eletrônica e programação.
Sua dissertação de mestrado, defendida em 23 de fevereiro de 2018, envolveu a caracterização comportamental e eletrofisiológica de um modelo experimental com esquizofrenia por isolamento social. Andreoli pesquisou o comportamento neural do modelo para tentar identificar anormalidades nas vias neurais associadas ao distúrbio.
Agora que Lorena Andreoli chegou ao Japão, seu objetivo é absorver o máximo de conhecimento, desenvolver-se pessoal e profissionalmente e conhecer novas pessoas e culturas. Contudo, ela também se preocupa com aspectos sociais relacionadas a essa experiência. “Minha educação superior foi integralmente financiada com dinheiro público. Agora que vivo essa experiência no Japão, quero encontrar formas de retribuir, fazendo algo pelo bem do Brasil e da ciência brasileira enquanto curso o doutorado”, informa Andreoli.
Texto: Luiz Paulo Juttel / Ascom – ISD
Fotos: Luiz Paulo Juttel / Ascom – ISD
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