Doutorado de profissional do ISD aborda aspectos da neuropsicologia no autismo

Publicado en 20 de diciembre de 2018

Integrante da equipe multiprofissional do Instituto Santos Dumont (ISD) ainda à época de sua graduação no curso de psicologia, Samantha Maranhao celebra agora um importante passo em sua trajetória profissional: defendeu seu doutorado em 18 de dezembro de 2018 e, por sua escolha, esse momento foi realizado no Centro de Educación e Investigación en Salud Anita Garibaldi (CEPS), em Macaíba (RN): “A gente inaugurou um serviço que hoje é referência no estado para o autismo, fruto desse trabalho aqui, então não fazia sentido realizar a defesa na UFRN, porque esse trabalho foi todo construído aqui no CEPS, do início ao fim”, afirmou ela no encerramento da defesa.

A agora Doutora se refere ao Servicio de Atención Multidisciplinar al Trastorno del Espectro Autista (SEMEA), atendimento multiprofissional e interdisciplinar oferecido pelo CEPS desde 2016 a crianças e adolescentes de Macaíba e da região metropolitana de Natal (RN) que apresentam características do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Sua tese, construída ao longo de 4 anos de pesquisa, tem o título “Transtorno do Espectro do Autismo: Da avaliação à intervenção neuropsicológica histórico-cultural” e foi elaborada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A orientação da tese de Samantha foi da Professora Izabel Hazin (Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRN) e os membros da banca avaliadora foram os Professores Maria Aparecida Dias (Departamento Educação Física da UFRN), Nara Côrtes Andrade (Departamento de Psicologia da Universidade Católica de Salvador), Pompéia Villachan Lyra (Departamento de Educação da Universidade Federal Rural de Pernambuco) e Reginaldo Freitas Júnior (Departamento de Tocoginecologia da UFRN/Diretor-Geral do ISD).

Banca de avaliação do doutorado, defendido por Samantha no CEPS Anita Garibaldi, em Macaíba (RN). Foto: Lílian Lisboa

Segundo a neuropsicóloga, a abordagem do trabalho foi feita na área da avaliação e intervenção neuropsicológica trazendo um conhecimento detalhado do quadro clínico dos pacientes, tanto para contribuir na confirmação diagnóstica, como para auxiliar a intervenção da equipe. Samantha comenta que durante sua pesquisa ficou muito clara a relevância da interdisciplinaridade nessa área: “É importante pensar em um serviço de reabilitação focado nesse grupo de pessoas, aplicado e interligado com a rede básica de saúde e de ensino, pois há conhecimentos ricos para levarmos à sociedade”, diz ela. A neuropsicóloga explica que dessa maneira é possível ajudar a sistematizar o conhecimento sobre TEA para que haja mais organização nas práticas clínicas de outras áreas.

“O trabalho de doutorado é uma mistura do meu fazer clínico com o científico. A grande contribuição que fica após esse processo é um conhecimento científico aplicado à realidade, porque o tempo inteiro a ciência tem a minha prática incluída, está tudo muito conectado”, cita Samantha. A tese irá gerar publicações científicas a partir das contribuições da banca avaliadora e possivelmente, algum material de divulgação científica com linguagem acessível, para que o público não-especializado tenha mais informações sobre o autismo.

Samantha Maranhão com paciente do SEMEA e praticante da Equoterapia Potiguar, durante encerramento da primeira turma (2018).

Trajetórias profissional e acadêmica crescendo lado a lado

Atualmente, Samantha é Coordenadora das Atividades de Ensino em Saúde do Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (CEPS) e lembra com nostalgia dos tempos de estágio. Ela foi a primeira estagiária na área de neuropsicologia do CEPS, em 2011, época em que não existia um serviço dessa natureza. Após dois anos de afastamento, tempo em que se dedicou ao mestrado, Samantha passou por um processo seletivo do ISD e retornou ao Instituto como preceptora multiprofissional: “Eu queria trabalhar aqui”, recorda a neuropsicóloga.

Ela recorda que o diferencial para ter passado no processo seletivo do Instituto foi o fato de, à época, já estar vinculada ao Doutorado na UFRN, exatamente no momento em que o ISD buscava profissionais com perfis mais acadêmicos. A coincidência perfeita também, porque nesse momento a instituição estava iniciando a clínica na área do autismo. “O SEMEA surgiu no campo da pesquisa e foi ela que estimulou a existência desse serviço. É até emocionante, porque eu terminei o doutorado dizendo que a minha trajetória profissional se confunde com a de pesquisadora, de pessoa, da Instituição, porque eu sinto que cresci junto do ISD e dessas crianças com TEA assistidas aqui, que me fizeram melhorar como profissional e pesquisadora”, conclui Samantha.

Parte da equipe do SEMEA, durante formação sobre autismo para professores da educação básica (2018).

Texto y fotos:  Ariane Mondo / Ascom – ISD

Consultoría de comunicación
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

Organización social que mantiene vínculos con el Ministerio de Educación (MEC) y cuya misión es promover la educación para la vida, formando ciudadanos a través de acciones integradas de enseñanza, investigación y extensión y contribuyendo a la transformación más justa y humana de la realidad social brasileña.

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A agora Doutora se refere ao Servicio de Atención Multidisciplinar al Trastorno del Espectro Autista (SEMEA), atendimento multiprofissional e interdisciplinar oferecido pelo CEPS desde 2016 a crianças e adolescentes de Macaíba e da região metropolitana de Natal (RN) que apresentam características do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Sua tese, construída ao longo de 4 anos de pesquisa, tem o título “Transtorno do Espectro do Autismo: Da avaliação à intervenção neuropsicológica histórico-cultural” e foi elaborada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A orientação da tese de Samantha foi da Professora Izabel Hazin (Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRN) e os membros da banca avaliadora foram os Professores Maria Aparecida Dias (Departamento Educação Física da UFRN), Nara Côrtes Andrade (Departamento de Psicologia da Universidade Católica de Salvador), Pompéia Villachan Lyra (Departamento de Educação da Universidade Federal Rural de Pernambuco) e Reginaldo Freitas Júnior (Departamento de Tocoginecologia da UFRN/Diretor-Geral do ISD).

Banca de avaliação do doutorado, defendido por Samantha no CEPS Anita Garibaldi, em Macaíba (RN). Foto: Lílian Lisboa

Segundo a neuropsicóloga, a abordagem do trabalho foi feita na área da avaliação e intervenção neuropsicológica trazendo um conhecimento detalhado do quadro clínico dos pacientes, tanto para contribuir na confirmação diagnóstica, como para auxiliar a intervenção da equipe. Samantha comenta que durante sua pesquisa ficou muito clara a relevância da interdisciplinaridade nessa área: “É importante pensar em um serviço de reabilitação focado nesse grupo de pessoas, aplicado e interligado com a rede básica de saúde e de ensino, pois há conhecimentos ricos para levarmos à sociedade”, diz ela. A neuropsicóloga explica que dessa maneira é possível ajudar a sistematizar o conhecimento sobre TEA para que haja mais organização nas práticas clínicas de outras áreas.

“O trabalho de doutorado é uma mistura do meu fazer clínico com o científico. A grande contribuição que fica após esse processo é um conhecimento científico aplicado à realidade, porque o tempo inteiro a ciência tem a minha prática incluída, está tudo muito conectado”, cita Samantha. A tese irá gerar publicações científicas a partir das contribuições da banca avaliadora e possivelmente, algum material de divulgação científica com linguagem acessível, para que o público não-especializado tenha mais informações sobre o autismo.

Samantha Maranhão com paciente do SEMEA e praticante da Equoterapia Potiguar, durante encerramento da primeira turma (2018).

Trajetórias profissional e acadêmica crescendo lado a lado

Atualmente, Samantha é Coordenadora das Atividades de Ensino em Saúde do Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (CEPS) e lembra com nostalgia dos tempos de estágio. Ela foi a primeira estagiária na área de neuropsicologia do CEPS, em 2011, época em que não existia um serviço dessa natureza. Após dois anos de afastamento, tempo em que se dedicou ao mestrado, Samantha passou por um processo seletivo do ISD e retornou ao Instituto como preceptora multiprofissional: “Eu queria trabalhar aqui”, recorda a neuropsicóloga.

Ela recorda que o diferencial para ter passado no processo seletivo do Instituto foi o fato de, à época, já estar vinculada ao Doutorado na UFRN, exatamente no momento em que o ISD buscava profissionais com perfis mais acadêmicos. A coincidência perfeita também, porque nesse momento a instituição estava iniciando a clínica na área do autismo. “O SEMEA surgiu no campo da pesquisa e foi ela que estimulou a existência desse serviço. É até emocionante, porque eu terminei o doutorado dizendo que a minha trajetória profissional se confunde com a de pesquisadora, de pessoa, da Instituição, porque eu sinto que cresci junto do ISD e dessas crianças com TEA assistidas aqui, que me fizeram melhorar como profissional e pesquisadora”, conclui Samantha.

Parte da equipe do SEMEA, durante formação sobre autismo para professores da educação básica (2018).

Texto y fotos:  Ariane Mondo / Ascom – ISD

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