O Instituto Santos Dumont (ISD) recebeu, na quinta-feira (24/3), a CEO da NINA e destaque de inovação e tecnologia pela Forbes Under 30, Simony César, para uma palestra sobre empreendedorismo e inovação. Simony, que tem 29 anos, é idealizadora e gestora da NINA, uma startup que oferece tecnologia integrada a diversos aplicativos para padronizar, centralizar e rastrear denúncias de assédio e violência na mobilidade urbana, além de utilizar os dados obtidos para a elaboração de políticas públicas. 

O evento aconteceu no auditório do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), uma das unidades do ISD em Macaíba (RN). Publicitária de formação, Simony falou para o público composto, principalmente, por estudantes do Mestrado em Neuroengenharia da Instituição. “O que eu queria mostrar é que muitas vezes há possibilidades que estão diante de nós e deixamos passar por acreditarmos que não somos de uma determinada área ou especialidade. Eu sou publicitária, desenvolvi uma startup que trabalha com dados, e o que queremos é que os cientistas que estão nas bancadas e nos laboratórios também enxerguem a possibilidade de levar para fora deles soluções de impacto para a sociedade”, disse. 

Simony foi ao Instituto a convite da Mestre em Neuroengenharia pelo ISD, Bárbara Meneses, que a conheceu em um evento voltado para mulheres cientistas no Rio de Janeiro. “Eu sinto que o Instituto tem um grande potencial de desenvolver soluções para a sociedade, porque esse é o nosso lema. Eu sinto que mesmo que a Simony esteja em outra área, ela pode ajudar o pessoal a se instigar a desenvolver novos projetos. O produto dela surgiu a partir da condição de pesquisa, para depois virar uma startup. Queremos que os alunos sintam que são capazes de levar para fora dos laboratórios as soluções criadas por eles e transformá-las em produtos que façam a diferença”, afirma Bárbara.

Simony foi nomeada pela Academia Brasileira de Ciências ao BRICS Young Innovator Prize 2018, que reconhece projetos de jovens cientistas que visam desenvolver soluções inovadoras para melhorar as condições de vida em países emergentes. A ideia de criar a NINA surgiu a partir de sua própria vivência enquanto filha de uma mulher que trabalhava como cobradora no sistema de transporte coletivo de Recife, em Pernambuco. “No ISD, já existe uma proposta de transformação da realidade social. O que temos que fazer agora é estimular essas ideias ao ponto delas virarem modelos que vão poder atingir as pessoas e melhorar suas vidas”, destaca Simony César.