Máscaras protectoras: 10 respuestas a las donaciones del ISD, en medio de la propagación del Covid-19

Publicado en 22 de mayo de 2020
Máscaras-escudo são produzidas por professores e alunos do mestrado em neuroengenharia

Renata Moura
Periodista

A técnica de enfermagem olha para a câmera e faz com as mãos o formato de um coração.

Ela usa luvas, touca, máscara descartável e a chamada face shield, uma ‘máscara-escudo’ transparente que – com a alta demanda no mundo em razão do novo coronavirus – ficou difícil de encontrar no mercado. 

O equipamento cobre o rosto inteiro e vai protegê-la instantes depois, em uma área definida pelo hospital como “crítica”: “é a sala de coleta de swab”, ou seja, de coleta de exame em secreções de pacientes com sintomas potenciais de Covid-19, a doença causada pelo vírus.

A foto da profissional da saúde foi publicada no Instagram da maternidade onde trabalha, em Parnamirim, município a 12 Km de Natal, encravado na Região Metropolitana. O tema da publicação é a chegada de 50 face shields para a equipe. Minutos antes, as máscaras haviam saído do laboratório de neuroengenharia do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), do Instituto Santos Dumont (ISD), onde os suportes da cabeça foram projetados e impressos em impressoras 3D, as partes frontais, de acetato, foram recortadas à mão – e cada unidade “ganhou vida” montada por um grupo de profissionais de áreas como engenharia, fisioterapia, enfermagem e biomedicina.

Os equipamentos estão entre os mais de 1 mil produzidos por eles – pesquisadores e alunos do mestrado em neuroengenharia do IIN-ELS/ISD – para doação a hospitais, maternidades e serviços de urgência e emergência que enfrentam a Covid-19 no Rio Grande do Norte.

Em meio ao avanço da doença no estado, a linha de produção vai completar dois meses no próximo domingo (24) e segue a todo vapor em Macaíba, cidade-sede do Instituto.

Nos 10 pontos a seguir, entenda como o trabalho tem sido realizado e porquê esse esforço coletivo teve início.

1 – Por que o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), do Instituto Santos Dumont, está produzindo máscaras-escudo?
No ISD repetimos diariamente que cada pessoa que passa pelo mestrado em neuroengenharia deve agir para transformar a sociedade e não ficar preso ao modelo do pesquisador na torre de marfim. Desta forma, naturalmente alunos e ex-alunos do IIN-ELS se mobilizaram para produzir um material que protege a face do profissional de saúde contra gotículas ou fluidos contaminados, mas que está escasso – o que expõe os profissionais na linha de frente de atendimento da Covid-19.

2 – Mas o IIN-ELS tinha experiência nessa área?
O IIN-ELS não produzia material de proteção individual, mas tem impressoras e pessoas com habilidade para ajudar a enfrentar a pandemia, então juntamos as cabeças para atender a necessidade urgente das máscaras de proteção para o profissional de saúde. O Instituto, com sua equipe multidisciplinar de pesquisadores e alunos em neuroengenharia deve não apenas gerar conhecimento científico, mas sobretudo transformar conhecimentos em ações que beneficiem a sociedade, diz o coordenador de pesquisas do IIN-ELS, Edgard Morya.

3 – Há quanto tempo o IIN-ELS está produzindo as máscaras-escudo?
A largada para a produção foi em 24 de março de 2020. O trabalho foi interrompido durante uma semana, em maio, por falta de insumos. Após doações, foi retomado.

4 – Que doações o Instituto recebeu?
Doações de acetato, de filamentos de impressora 3D e de impressoras quebradas cujas peças foram utilizadas na montagem de uma nova impressora 3D.

5 – Outras doações são necessárias?
Sim. Em insumos ou dinheiro para comprar materiais e viabilizar a doação das máscaras a outras instituições de saúde (hospitais, postos de saúde e agora para os agentes de saúde que estão indo nas casas e devem fazer a prevenção). Clique aqui para saber como colaborar.

6 – Unidades de saúde que precisam dessas máscaras ainda podem pedir?
Sim. As ‘máscaras-escudo’ produzidas por pesquisadores e alunos do mestrado em neuroengenharia do ISD são voltadas a instituições que atendem pacientes com Covid-19, ou pacientes que podem ser transmissores assintomáticos da doença, no Rio Grande do Norte. A doação é institucional, ou seja, não é realizada diretamente do ISD para indivíduos. Por esse motivo, é o dirigente da instituição interessada que deve entrar em contato com o Instituto (pelo e-mail covid19@isd.org.br). Clique aqui para saber mais.

7 – Onde as máscaras chegaram até agora?
A 49 hospitais, serviços de urgência e emergência e maternidades do Rio Grande do Norte, distribuídos entre 17 municípios.

8 – Quantos alunos e pesquisadores do mestrado estão no projeto?
À frente da linha de produção, montada no laboratório de neuroengenharia do Instituto, estão o coordenador de pesquisas do IIN-ELS, Edgard Morya, e alunos do programa de mestrado em neuroengenharia. Além de Morya, que é fisioterapeuta, o projeto envolve a participação dos professores Fabrício (engenheiro) e André (engenheiro). Entre os alunos estão Alex (engenheiro), Iago (engenheiro), Mohamed (engenheiro), Domingos (engenheiro), Gabriela (engenheira), Junio (fisioterapeuta), Valeria (fisioterapeuta), Natalia (fisioterapeuta), Heloisa (biomédica), Pricila (estudante enfermagem), Patrícia (fisioterapeuta), Maria Alice (estudante fisioterapia) e outros que participam virtualmente nas pesquisas por informações de produtos.

9 – Como essa linha de produção funciona?
Alex e Iago fazem a configuração do arquivo de impressão do suporte de cabeça (esses arquivos de configuração estão sendo trocados no mundo inteiro para ajudar a fazer) e controlam a impressão 3D do suporte (controle de qualidade x velocidade). Todos os outros fazem o acabamento das peças de suporte, fazem a marcação do acetato, cortam manualmente e fazem os furos. Em seguida fazem o encaixe do acetato no suporte de cabeça. Além disso, 1 aluno montou 1 impressora 3D nova com peças de impressoras comuns, quebradas, doadas ao ISD. Outros se revezam na produção das máscaras-escudo, de forma a evitar aglomerações. O trabalho reúne cerca de 3 pessoas por vez. Portas e janela do laboratório onde produzem ficam abertas e todos usam máscaras de tecido.

10 – Quais tipos de ferramentas e insumos usam?
Impressoras 3D, rolo de filamentos de PLA e ABS (tipos de polímero como se fosse a tinta da impressora de jato de tinta), acetato, régua, estiletes, furador de papel, esmeril, serra, alicates.

Era o total de casos confirmados de Covid-19 no RN até 21/05.
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O número (12.584), segundo levantamento do ISD a partir de dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública, é quase seis vezes maior que o registrado em 16 de abril, quando a técnica de enfermagem citada no início do texto usou a máscara-escudo pela primeira vez na maternidade. Números de óbitos e casos suspeitos também dispararam.

Texto:  Renata Moura / Ascom – ISD

Consultoría de comunicación
comunicacao@isd.org.br
(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

Organización social que mantiene vínculos con el Ministerio de Educación (MEC) y cuya misión es promover la educación para la vida, formando ciudadanos a través de acciones integradas de enseñanza, investigación y extensión y contribuyendo a la transformación más justa y humana de la realidad social brasileña.

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Ela usa luvas, touca, máscara descartável e a chamada face shield, uma ‘máscara-escudo’ transparente que – com a alta demanda no mundo em razão do novo coronavirus – ficou difícil de encontrar no mercado. 

O equipamento cobre o rosto inteiro e vai protegê-la instantes depois, em uma área definida pelo hospital como “crítica”: “é a sala de coleta de swab”, ou seja, de coleta de exame em secreções de pacientes com sintomas potenciais de Covid-19, a doença causada pelo vírus.

A foto da profissional da saúde foi publicada no Instagram da maternidade onde trabalha, em Parnamirim, município a 12 Km de Natal, encravado na Região Metropolitana. O tema da publicação é a chegada de 50 face shields para a equipe. Minutos antes, as máscaras haviam saído do laboratório de neuroengenharia do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), do Instituto Santos Dumont (ISD), onde os suportes da cabeça foram projetados e impressos em impressoras 3D, as partes frontais, de acetato, foram recortadas à mão – e cada unidade “ganhou vida” montada por um grupo de profissionais de áreas como engenharia, fisioterapia, enfermagem e biomedicina.

Os equipamentos estão entre os mais de 1 mil produzidos por eles – pesquisadores e alunos do mestrado em neuroengenharia do IIN-ELS/ISD – para doação a hospitais, maternidades e serviços de urgência e emergência que enfrentam a Covid-19 no Rio Grande do Norte.

Em meio ao avanço da doença no estado, a linha de produção vai completar dois meses no próximo domingo (24) e segue a todo vapor em Macaíba, cidade-sede do Instituto.

Nos 10 pontos a seguir, entenda como o trabalho tem sido realizado e porquê esse esforço coletivo teve início.

1 – Por que o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), do Instituto Santos Dumont, está produzindo máscaras-escudo?
No ISD repetimos diariamente que cada pessoa que passa pelo mestrado em neuroengenharia deve agir para transformar a sociedade e não ficar preso ao modelo do pesquisador na torre de marfim. Desta forma, naturalmente alunos e ex-alunos do IIN-ELS se mobilizaram para produzir um material que protege a face do profissional de saúde contra gotículas ou fluidos contaminados, mas que está escasso – o que expõe os profissionais na linha de frente de atendimento da Covid-19.

2 – Mas o IIN-ELS tinha experiência nessa área?
O IIN-ELS não produzia material de proteção individual, mas tem impressoras e pessoas com habilidade para ajudar a enfrentar a pandemia, então juntamos as cabeças para atender a necessidade urgente das máscaras de proteção para o profissional de saúde. O Instituto, com sua equipe multidisciplinar de pesquisadores e alunos em neuroengenharia deve não apenas gerar conhecimento científico, mas sobretudo transformar conhecimentos em ações que beneficiem a sociedade, diz o coordenador de pesquisas do IIN-ELS, Edgard Morya.

3 – Há quanto tempo o IIN-ELS está produzindo as máscaras-escudo?
A largada para a produção foi em 24 de março de 2020. O trabalho foi interrompido durante uma semana, em maio, por falta de insumos. Após doações, foi retomado.

4 – Que doações o Instituto recebeu?
Doações de acetato, de filamentos de impressora 3D e de impressoras quebradas cujas peças foram utilizadas na montagem de uma nova impressora 3D.

5 – Outras doações são necessárias?
Sim. Em insumos ou dinheiro para comprar materiais e viabilizar a doação das máscaras a outras instituições de saúde (hospitais, postos de saúde e agora para os agentes de saúde que estão indo nas casas e devem fazer a prevenção). Clique aqui para saber como colaborar.

6 – Unidades de saúde que precisam dessas máscaras ainda podem pedir?
Sim. As ‘máscaras-escudo’ produzidas por pesquisadores e alunos do mestrado em neuroengenharia do ISD são voltadas a instituições que atendem pacientes com Covid-19, ou pacientes que podem ser transmissores assintomáticos da doença, no Rio Grande do Norte. A doação é institucional, ou seja, não é realizada diretamente do ISD para indivíduos. Por esse motivo, é o dirigente da instituição interessada que deve entrar em contato com o Instituto (pelo e-mail covid19@isd.org.br). Clique aqui para saber mais.

7 – Onde as máscaras chegaram até agora?
A 49 hospitais, serviços de urgência e emergência e maternidades do Rio Grande do Norte, distribuídos entre 17 municípios.

8 – Quantos alunos e pesquisadores do mestrado estão no projeto?
À frente da linha de produção, montada no laboratório de neuroengenharia do Instituto, estão o coordenador de pesquisas do IIN-ELS, Edgard Morya, e alunos do programa de mestrado em neuroengenharia. Além de Morya, que é fisioterapeuta, o projeto envolve a participação dos professores Fabrício (engenheiro) e André (engenheiro). Entre os alunos estão Alex (engenheiro), Iago (engenheiro), Mohamed (engenheiro), Domingos (engenheiro), Gabriela (engenheira), Junio (fisioterapeuta), Valeria (fisioterapeuta), Natalia (fisioterapeuta), Heloisa (biomédica), Pricila (estudante enfermagem), Patrícia (fisioterapeuta), Maria Alice (estudante fisioterapia) e outros que participam virtualmente nas pesquisas por informações de produtos.

9 – Como essa linha de produção funciona?
Alex e Iago fazem a configuração do arquivo de impressão do suporte de cabeça (esses arquivos de configuração estão sendo trocados no mundo inteiro para ajudar a fazer) e controlam a impressão 3D do suporte (controle de qualidade x velocidade). Todos os outros fazem o acabamento das peças de suporte, fazem a marcação do acetato, cortam manualmente e fazem os furos. Em seguida fazem o encaixe do acetato no suporte de cabeça. Além disso, 1 aluno montou 1 impressora 3D nova com peças de impressoras comuns, quebradas, doadas ao ISD. Outros se revezam na produção das máscaras-escudo, de forma a evitar aglomerações. O trabalho reúne cerca de 3 pessoas por vez. Portas e janela do laboratório onde produzem ficam abertas e todos usam máscaras de tecido.

10 – Quais tipos de ferramentas e insumos usam?
Impressoras 3D, rolo de filamentos de PLA e ABS (tipos de polímero como se fosse a tinta da impressora de jato de tinta), acetato, régua, estiletes, furador de papel, esmeril, serra, alicates.

Era o total de casos confirmados de Covid-19 no RN até 21/05.
0

DESCUBRE MÁS

O número (12.584), segundo levantamento do ISD a partir de dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública, é quase seis vezes maior que o registrado em 16 de abril, quando a técnica de enfermagem citada no início do texto usou a máscara-escudo pela primeira vez na maternidade. Números de óbitos e casos suspeitos também dispararam.

Texto:  Renata Moura / Ascom – ISD

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(84) 99416-1880

Instituto Santos Dumont (ISD)

Organización social que mantiene vínculos con el Ministerio de Educación (MEC) y cuya misión es promover la educación para la vida, formando ciudadanos a través de acciones integradas de enseñanza, investigación y extensión y contribuyendo a la transformación más justa y humana de la realidad social brasileña.

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