Miguel Nicolelis apresenta as novidades da interface cérebro-máquina no ISD

Publicado en 9 de diciembre de 2016

Miguel Nicolelis apresenta as novidades da interface cérebro-máquina no ISD

09/12/2016

Por: Ascom ISD

miguel nicolelis apresentou, no dia 08 de dezembro de 2016, a evolução de  seus estudos na área de interfaces cérebro-máquina no Instituto Internacional de Neurociencias Edmond y Lily Safra (IIN-ELS), unidade do ISD localizada em Macaíba-RN.

O neurocientista narrou  sua trajetória de pesquisa que, por diversas vezes, confrontou e ampliou o conhecimento científico estabelecido na área de neurociências, do final da década de 1980 até os dias atuais. A primeira vez em que ele fez isso foi com estudos que atestaram a teoria distribucionista dos neurônios, que afirma que um único neurônio não é responsável por comportamentos humanos complexos. São necessários grupos dessas células atuando em conjunto para que tais comportamentos sejam apresentados.

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Durante o encontro Miguel Nicolelis deu palestra e respondeu às perguntas dos presentes

O trabalho mais recente de Nicolelis, com a colaboração de pesquisadores de diversos países, mostrou resultados que podem revolucionar a reabilitação de pessoas com lesões medulares. O treinamento com interfaces cérebro-máquina e realidade virtual fez com que pacientes recuperassem parcialmente os movimentos e as sensações nos membros inferiores, o que gera um ganho enorme na qualidade de vida desses indivíduos.

Nicolelis explicou que o trabalho desenvolvido em Macaíba e Natal foram fundamentais para o início dos experimentos que possibilitaram que um jovem com lesão medular usasse um exoesqueleto para dar o chute inicial na Copa do Mundo de futebol sediada no Brasil, em 2014. Como tudo teve de ser feito em um curto espaço de tempo, se não existissem as instalações no Rio Grande do Norte preparadas para essa pesquisa, dificilmente a equipe internacional teria concluído o estudo a tempo do evento.

IMG_7231Os resultados desse trabalho levaram o grupo de pesquisadores a identificar que o treinamento realizado promoveu uma recuperação parcial de sensações e dos movimentos das pernas em todos os oitos participantes do estudo. O grupo trabalha atualmente em novos avanços de conhecimento relacionados a essa temática. Em agosto, alguns resultados desse estudo foram publicados no periódico “Scientific Reports” e estiveram entre os assuntos científicos mundiais mais comentados da época (link da matéria AQUÍ).

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