Tornar o dia a dia das pessoas que vivem com Doença de Parkinson mais leve e funcional a partir de uma roda de conversa virtual é o objetivo central do Educa Parkinson, projeto criado pelo Instituto Santos Dumont (ISD) em 2018 para discussões com a população relacionadas à doença. A segunda edição do projeto, que neste ano acontece de forma virtual por causa da pandemia, já tem data marcada – 21/06 – e inscrições abertas para discutir as Práticas Integrativas e Complementares (PICS), um conjunto de tratamentos alternativos, como aromaterapia, yoga, musicoterapia e meditação.
Clique aqui para acessar o formulário de inscrição.
“Essas práticas promovem uma cultura global de cuidado, no sentido de uma visão ampliada de saúde, além disso, muitas delas, como a aromaterapia, podem ser utilizadas facilmente em casa desde que com orientação profissional e pode auxiliar no processo terapêutico da pessoa com Parkinson, favorecendo a sensação de bem-estar”, explica a preceptora multiprofissional psicóloga, Miliana Galvão, uma das preceptoras que conduzem um projeto.
Tema
Segundo Miliana, o tema foi escolhido a pedido dos participantes da primeira edição virtual do Educa Parkinson, que ocorreu em abril e abordou a neuroarquitetura e pequenas mudanças que podem melhorar o ambiente de casa para os parkinsonianos. “Na primeira edição, uma das dicas que interessou bastante os participantes, que eram, em sua maioria, pessoas que vivem com Parkinson, foi relacionada à aromaterapia, e foi algo que eles se mostraram interessados, então resolvemos trazer essa e outras práticas integrativas como tema da edição”, disse.

Práticas Integrativas e Complementares
O Ministério da Saúde define as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) como tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma integral e gratuita, 29 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) à população. Os atendimentos começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS.
Além da aromaterapia, também estão na lista tratamentos como Acupuntura, arteterapia e dança circular, as práticas, assim como na medicina tradicional, buscam melhorar a qualidade de vida dos usuários.
“Esses tratamentos têm como objetivo fortalecer a autonomia dos pacientes, algo muito importante para as pessoas com Parkinson, pois eles têm os movimentos do corpo afetados. Além disso, as práticas integrativas fortalecem a visão de que a saúde vai muito além do físico e foca o cuidado em cada pessoa e no seu processo terapêutico”, explicou a preceptora multiprofissional neuropsicóloga, Joisa Araújo.
Convidadas
A segunda edição virtual do Educa Parkinson vai contar com a participação de Nathália Diniz, fisioterapeuta e especialista em saúde coletiva pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) que atua no Laboratório de Práticas Integrativas e Complementares (LAPICS/UFRN), e de Nicole Passos, naturoterapeuta, enfermeira e pesquisadora do LAPICS/UFRN.
Inscrições
Pessoas diagnosticadas com Parkinson, familiares, cuidadores, profissionais da saúde, pesquisadores, estudantes e quaisquer outros interessados no tema, de qualquer lugar do Brasil ou do mundo, podem participar do Educa Parkinson. Clique aqui para acessar o formulário de inscrição. As inscrições são gratuitas e o link de acesso ao encontro será enviado posteriormente para o e-mail ou número de WhatsApp que for cadastrado.
Projeto
Os encontros do Educa Parkinson eram realizados no Anita e como chegavam a reunir dezenas de pessoas, acabaram suspensos em 2020 como prevenção à Covid-19.
Os temas em discussão giravam em torno de como lidar com o Parkinson e melhorar a qualidade de vida. Diante de necessidades identificadas durante a pandemia, a equipe da clínica de Parkinson do Instituto reformulou o projeto para tratar de necessidades e desafios atuais
Parkinson
A doença de Parkinson é considerada a segunda doença neurodegenerativa progressiva mais frequente no mundo, perdendo apenas para o Alzheimer, segundo o Ministério da Saúde.
Ela afeta os movimentos do corpo e pode incluir, por exemplo, lentidão nos movimentos, tremores, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala. A doença também pode causar diminuição do olfato, constipação intestinal, bexiga neurogênica, alterações cognitivas e depressão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 1% da população acima de 65 anos apresenta a Doença e o início dos sintomas motores costuma ocorrer por volta dos 60 anos.
Texto: Kamila Tuenia – Estagiária de Jornalismo / Ascom – ISD
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Instituto Santos Dumont (ISD)
É uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.