Estudiantes de medicina de Cariri (CE) visitan unidades del ISD en Macaíba (RN)

Publicado en 3 de febrero de 2016

Estudiantes de medicina de Cariri (CE) visitan unidades del ISD en Macaíba (RN)

Texto e fotos: Ariane Mondo – Ascom ISD  – Álbum de fotos no facebook AQUÍ

03/02/2016

Alunos de medicina do Ceará aproveitaram o período de férias para visitar duas unidades do Instituto Santos Dumont (ISD) em Macaíba (RN), distante cerca de 20 quilômetros de Natal. Entre os dias 26 e 29 de janeiro de 2016 cinco estudantes da Universidade Federal do Cariri e uma da Universidade Federal do Ceará foram recebidos por funcionários do ISD e participaram de atividades no Centro de Educación e Investigación en Salud Anita Garibaldi (CEPS) y en Instituto Internacional de Neurociencias Edmond y Lily Safra (IIN-ELS).

Como tudo começou

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Conhecendo as atividades do ISD

Todos os alunos que vieram conhecer o ISD são entusiastas da área de neurociências e participam da Liga de Neurociências do Cariri (LINECC), fundada há um ano por um grupo de estudantes de medicina da região. Atualmente a Liga tem 14 membros, que organizam reuniões semanais, escrevem artigos científicos e fazem apresentações sobre neurociências abertas ao público. Em 2015 eles realizaram o I Simpósio de Neurociências do Cariri e convidaram pesquisadores de todo o país para palestras temáticas. Uma das convidadas do evento foi a pesquisadora do IIN-ELS, Mariana Araújo, que viajou ao Ceará e falou do trabalho desenvolvido nas unidades do ISD, focando nas linhas de pesquisa do IIN-ELS: Interface cérebro-máquina (ICM) y Neuromodulación. A curiosidade dos alunos em conhecer de perto o que o ISD vem realizando na área de neurociências, fez com que eles agendassem uma visita durante as férias do curso para uma imersão em duas das unidades do ISD em Macaíba.

Atividades inovadoras em Macaíba

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Lilian Lira, fisioterapeuta do CEPS, explica o funcionamento dessa unidade do ISD

Os futuros médicos começaram a experiência visitando o CEPS, que realiza acompanhamentos pré-natais, particularmente a gestações de alto risco. Os estudantes conheceram a história da unidade, além de alguns dos projetos de extensão executados pelo Centro. Eles ainda viram os serviços de assistência materno-infantil oferecidos a casos encaminhados pelo SUS e puderam observar um pouco do trabalho realizado pela equipe multidisciplinar do CEPS. Na sequência da semana imersiva, os estudantes de medicina vivenciaram atividades de pesquisa avançada e conheceram mais do trabalho desenvolvido no IIN-ELS, tanto por pesquisadores, quanto pelos alunos de mestrado e de iniciação científica do Instituto. Eles puderam usar o Oculus, objeto com sensores, que permite ao usuário viver a experiência do programa de realidade virtual, e também tiveram demonstrações do equipamento Zero G, que pode ser usado em pacientes com lesão medular.  Todos receberam explicações sobre uma das pesquisas inovadoras do IIN-ELS, que estuda o desenvolvimento de metodologias unindo realidade virtual, eletroencefalografia e o Zero G.

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Renan Moioli (camisa escura), pesquisador do IIN-ELS e Igor Macedo (camisa azul), aluno de Iniciação de Científica do IIN-ELS, falam sobre realidade virtual aos alunos do Cariri

Relatos da experiência nas unidades do Instituto Santos Dumont

Matheus Ribeiro, 20 anos, vai iniciar o 5º período de medicina na Universidade Federal do Cariri e comentou que estava achando a experiência diferente, por poder conhecer métodos de pesquisa científica inovadores, que têm aplicações clínicas. O estudante disse que a visita ao ISD fez com que ele visse a possibilidade concreta de realizar um trabalho de alto nível no Nordeste do Brasil e afirmou que os dias passados em Macaíba só reforçaram a vontade dele em seguir na área de pesquisa.

“Nunca imaginei que fosse ter tudo isso no Brasil, no Nordeste, do lado de casa”, disse sorrindo a estudante Larissa Miná, de 18 anos, que vai iniciar o 4º período de medicina na Universidade Federal do Ceará. Ela, que sempre admirou a área de neurociências, falou que com a visita ao ISD conseguiu vislumbrar outras perspectivas a pessoas com problemas de ordem neurológica, associando pesquisa e tecnologia de ponta para melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.

Vangleilson Diniz, 22 anos, que vai entrar no 5º período de medicina na Universidade Federal do Cariri, afirmou que conhecer o trabalho do ISD mais de perto foi uma experiência incrível e afirmou estar muito satisfeito em ter esse tipo de experiência ainda na graduação. Vangleilson ainda lamentou que muitas universidades do país tenham pesquisa deficiente, o que, em sua opinião, leva os estudantes a buscarem outras instituições para ter contato com essa área.

Israel Pereira, 26 anos, que já é graduado em biomedicina e agora vai para o 4º período de medicina na Universidade Federal do Cariri, relatou que conhecer o ISD era um sonho antigo desde o Simpósio realizado no ano passado no Ceará. Ele disse ter a sensação de estar em outro país por observar as pesquisas inovadoras realizadas nas unidades do Instituto. “Aqui é como um filme novo, cujo roteiro ainda está sendo escrito. Aqui se escreve ciência”, falou o estudante ao refletir sobre o pioneirismo do trabalho realizado pelos profissionais do Instituto Santos Dumont.

Assim como Israel, Catarina Távora, de 20 anos, que vai cursar o 4º período de medicina na Universidade Federal do Cariri, também disse ter a sensação de não estar no Brasil ao conhecer as unidades do ISD. Apesar de sempre ter admirado a pesquisa, ela não enxergava muitas possibilidades nessa área por sentir uma falta de incentivo no país a esse campo. A estudante relatou que a imersão no Instituto mudou sua percepção da medicina, pois antes ela imaginava a carreira mais vinculada a práticas clínicas e com a visita às unidades em Macaíba, Catarina viu de perto exemplos da pesquisa aliada a métodos que podem ser aplicados em tratamentos médicos.

Gabriel Siqueira, de 19 anos, que vai cursar o 3º período de medicina na Universidade Federal do Cariri, comentou que sempre quis atuar no campo da pesquisa, ainda que na área médica o sonho estivesse “apagado”. Conhecer as unidades e o trabalho do ISD fez abrir novos horizontes em seu caminho. “O Instituto está ajudando a formar novos pesquisadores. Quem sabe o Brasil não se torna referência na pesquisa? Essa visita ao Instituto ajuda a gente a sonhar”, afirmou Gabriel. “Uma coisa que chamou a atenção foi o entusiasmo dos pesquisadores do ISD na transmissão de conhecimentos. Uma lição que fica disso é a humildade. Foi uma semana muito gratificante”, disse o futuro médico.

Edgard Morya, professor-pesquisador do Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), afirma que essa unidade do ISD recebe constantemente alunos de diversas instituições para que possam ter contato com metodologia científica avançada em neurociências e neuroengenharia. “Essa interação dos alunos do Cariri com nossos estudantes estimula a troca de informações e conhecimentos”, diz o pesquisador. “É importante que os futuros médicos retornem ao Ceará com novas perspectivas e desenvolvam ainda mais a Liga de Neurociências de lá. Eles também são multiplicadores da ideia de que é possível fazer ciência de ponta no Brasil. Todos já demonstraram ter iniciativa e interesse ao passarem uma semana intensiva nas unidades do Instituto Santos Dumont”, finaliza ele.

Saiba mais sobre o Instituto Internacional de Neurociencias Edmond y Lily Safra (IIN-ELS): https://www.institutosantosdumont.org.br/instituto-internacional-de-neurocienciasedmond-e-lily-safra/

Saiba mais sobre o Centro de Educación e Investigación en Salud Anita Garibaldi (CEPS): https://www.institutosantosdumont.org.br/centro-de-educacao-e-pesquisa-em-saude-anita-garibaldi/

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